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Capital

Plano prevê reduzir em 50% acidentes graves e zerar mortes no trânsito

Plano firmado nesta quarta-feira entre órgãos de trânsito será reavaliado e reajustado a cada dois anos

Mirian Machado | 15/12/2021 12:54
Acidente ocorrido nesta manhã (15) na Avenida Lúdio Martins Coelho em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)
Acidente ocorrido nesta manhã (15) na Avenida Lúdio Martins Coelho em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)

Com o objetivo de zerar mortes no trânsito, seja em vias urbanas ou em rodovias, foi firmado nesta manhã (15) o Pnatrans (Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito) entre órgãos de trânsito para que pelo menos até o final da década sejam salvas 86 mil vidas de acidentes.

O evento ocorreu no Hotel Deville e teve participação do secretário Nacional de Trânsito Frederico Carneiro, além de representantes da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Detran MS, Agetran, Dnit, Cetran (Conselho Estadual de Trânsito).

O plano, segundo secretário Nacional de Trânsito, tem como propósito elencar 154 ações divididas em seis pilares, como gestão, infraestrutura, segurança veicular, educação, atendimento às vítimas e fiscalização. Apesar de ser um plano fixo, deverá ser revisado a cada dois anos para que as ações sejam reajustadas.

Secretário Nacional de Trânsito Frederico Carneiro firmou plano com órgãos do trânsito de MS. (Foto: Marcos Maluf)
Secretário Nacional de Trânsito Frederico Carneiro firmou plano com órgãos do trânsito de MS. (Foto: Marcos Maluf)

"Firmamos compromisso com órgãos do Estado para que cada um coloque essas ações em prática dentro da sua responsabilidade, seja com melhorias nas condições viárias, sinalização, promoção de campanhas educativas ou maior investimento nas áreas de trânsito. Nosso objetivo é salvar 86 mil vidas até o final da década", afirmou Frederico Carneiro.

Ainda segundo o secretário, a maioria dos acidentes ocorrem por falha humana, mas o Pnatran tem o Sistema Seguros, que mesmo que o condutor falhe, o sistema viário, os mecanismos de proteção e segurança deve 'perdoar' o erro e servir como escape, como por exemplo as barras de proteção nas rodovias, mesmo que o condutor por algum motivo perca o controle da direção, ele não caia no desnível, ou colida com árvores e postes.

Apesar da maioria dos acidentes ocorrerem dentro da cidade, nas vias urbanas, a rodovia ainda tem maior chance de lesões graves e mortes por que é uma via que permite uma velocidade maior.

Em Campo Grande, segundo o diretor presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) as ações de prevenção já ocorrem . "Só vamos melhorar o que já existe somos muito integrados. já temos há muitos anos e funciona muito bem GGIT que tem muitos componentes do trânsito. Já temos pronto só temos que melhorar e com eles apoiando vamos funcionar melhor", disse.

Em 2011 por exemplo foi registrado 132 mortos. Em 2017 (melhor ano) o numero reduziu para 70 mortos. Já em 2018 o número aumentou 25% época que a cidade ficou sem radares. "Depois voltamos ao patamar. Aumentamos a frota de veículos e a população aumentou, mesmo assim conseguimos diminuir os números para 72 acidentes fatais", conta.

Como previsão, ao menos dois novos radares de redução de velocidade serão instalados. um na Rua 14 de Julho, próximo da Feira Central e outro na Avenida Manoel da Costa Lima próximo ao Cras. Está sendo feita ainda licitação para que seja instalada faixa de pedestres elevadas. "Não é para qualquer lugar, normalmente próximo de postos de saúde e escolas", explica.

Já nas rodovias, o superintendente da PRF Luiz Alexandre da Silva, afirma que essas ações também já funcionam a PRF é responsável por elaborar propostas para o Pnatran, como foi na 1° década, inclusive os números foram reduzidos já batendo a meta por década.

Superintendente da PRF Luiz Alexandre da Silva afirma que vão continuar com ações que deram resultado na última década. (Foto: Marcos Maluf)
Superintendente da PRF Luiz Alexandre da Silva afirma que vão continuar com ações que deram resultado na última década. (Foto: Marcos Maluf)

"Na 1ª década já atingimos a meta da redução de vítimas graves em acidente de trânsito em 50% e 40% no número de mortos nos últimos dez anos, ou seja praticamente atingimos a meta propostas. Agora continuamos a mesma meta para a próxima década", afirma.

No plano é feita a integração com outros órgãos, provendo ações, projetos nas escolas com alunos, festival na área do teatro, buscando conscientização desse público jovem que já é usuário do trânsito.

"Tem que ter participação da sociedade. Nos últimos dez anos 35 mil pessoas morreram no trânsito no país. São 3500 mortes por an, cerca de 100 pessoas por dia morrem silenciosamente. Se comparar com algo que chama atenção é como se um avião com 100 pessoas caisse todos os dias", explica.

A PRF estuda também os locais onde mais ocorrerem acidentes. "São múltiplos os fatores que provocam acidentes. Estudamos então se o problema é de engenharia, sinalização, falta de fiscalização e assim tentar reduzir esses acidentes", conclui.

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