ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SÁBADO  02    CAMPO GRANDE 23º

Capital

Polícia apreende celular da esposa de procurador que atropelou idosa

Condutora disse que passou mal ao perder controle de carro, invadir calçada e matar idosa; testemunhas a viram no celular

Luana Rodrigues | 18/09/2017 18:13
Mulher deixou local do acidente em ambulância. (Foto: André Bittar)
Mulher deixou local do acidente em ambulância. (Foto: André Bittar)

O aparelho celular de Cirlene Alves Lelis Robalinho, que atropelou e matou a idosa Verônica Fernandes de 91 anos, na tarde da última quarta-feira (13), foi apreendido pela Polícia Civil. A mulher é esposa do procurador de Justiça Gilberto Robalinho, que também é investigado por retirar o veículo do local do acidente.

Conforme nota divulgada pela Polícia Civil nesta segunda-feira (18), um inquérito apura o acidente como homicídio culposo – quando não há intenção de matar - e outro investiga como fraude processual a retirada do veículo do local.

Segundo a polícia, na investigação de homicídio já foram adotadas algumas providências, entre elas, a apreensão do veículo envolvido, do celular da investigada, e de imagens do local do acidente, que já foram encaminhados para exames periciais.

Ainda segundo a nota, no inquérito sobre fraude processual, o policial militar que retirou o veículo,  foi ouvido e a polícia e identificou testemunhas da cena.

Procurada pelo Campo Grande News, a delegada responsável pelo caso disse que só irá comentar sobre o que foi apurado durante estas diligências no final das investigações.

Atropelamento - O acidente ocorreu por volta de meio-dia e meia de quarta-feira (13 ), na Rua José Nogueira Vieira, no Bairro Tiradentes. A motorista de um Fiat Uno, Cirlene Lelis Robalinho, 48 anos, invadiu calçada e matou a idosa Verônica Fernandes, de 91 anos. Ela é esposa do procurador Gilberto Robalinho da Silva.

Ainda no local, parentes da vítima ficaram revoltados afirmando que o procurador mandou tirar o carro do lugar. A equipe do Campo Grande News presenciou a cena e fotografou um homem ao lado do veículo envolvido, já fora da calçada.

A delegada que foi ao local, Célia Maria Bezerra, informou que abriria investigação sobre fraude processual, que é a mudança da cena de um crime. Por se tratar de um procurador, que tem foro privilegiado, a investigação em relação a ele passa a ser no MPE.

No depoimento à Polícia Civil, a esposa de Gilberto Robalinho disse ter sofrido um "apagão" na hora do acidente. Pelo menos uma testemunha, porém, afirma que ela falava ao telefone.

Robalinho, no dia do acidente, disse à equipe do Campo Grande News que a esposa estava muito nervosa e o chamou ao local. Depois que a situação da retirada do carro foi relevada, a equipe tentou falar com ele em seu gabinete, mas não houve retorno.

Nos siga no Google Notícias