ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SÁBADO  02    CAMPO GRANDE 23º

Capital

“Tinha planos de celebrar centenário”, dizem netos de idosa atropelada

Conforme testemunhas, Cirlene Lelis Robalinho, esposa do procurador Gilberto Robalinho da Silva, conduzia um Fiat Uno, quando perdeu o controle, invadiu a calçada e atropelou a idosa

Viviane Oliveira e Mirian Machado | 14/09/2017 09:46
Parentes velam idosa nesta manhã, em uma igreja do Bairro Tiradentes (Foto: André Bittar)
Parentes velam idosa nesta manhã, em uma igreja do Bairro Tiradentes (Foto: André Bittar)

Aos 91 anos, Verônica Fernandes teve a vida interrompida em acidente de trânsito. A idosa, que tinha planos em celebrar os 100 anos de idade, foi atropelada e morta por um carro desgovernado que invadiu a calçada. O caso aconteceu por volta das 13h de ontem (13), na Avenida José Nogueira Vieira, esquina com a Maria do Carmo Ferro, Bairro Dalva de Oliveira, em Campo Grande.

Rodeada de filhos, parentes e amigos, Verônica está sendo velada desde às 7h30 desta quinta-feira (14) na Igreja Pentecostal Vida Nova, que fica na Rua Dalva de Oliveira, no Bairro Tiradentes. O enterro está previsto para às 15h no Cemitério Santo Amaro.

Revoltados com a situação, os netos contam que a avó era muito cuidadosa na rua e acostumada a fazer tudo sozinha. “Ela era forte, lúcida, inteligente, saudável e gostava de cozinhar. Não tinha doença nenhuma e não dependia de ninguém para fazer as coisas dela”, lamenta Ana Lúcia Ricalde, 33 anos. Emocionados, os oito filhos de Verônica, com idades entre 65 e 75, lamentam a tragédia.

Momento da chegada do corpo na igreja, que a idosa frequentava  (Foto: André Bittar)
Momento da chegada do corpo na igreja, que a idosa frequentava (Foto: André Bittar)

Conforme testemunhas, Cirlene Lelis Robalinho, 48 anos, esposa do procurador Gilberto Robalinho da Silva, conduzia um Fiat Uno, quando perdeu o controle da direção, invadiu a calçada e atropelou a idosa, que seguia com mais duas pessoas. Verônica morreu na hora. O marido de Cirlene revoltou familiares da vítima ao ordenar a retirada do carro da mulher do local do acidente, antes mesmo da chegada da perícia técnica.

Por causa do ferimentos, o corpo está sendo velado em caixão fechado. A família consegue ver a idosa apenas por um visor facial. “Ela tinha uma lucidez fora do comum. A gente não tinha dúvida que ela iria passar dos 100 anos. A mãe dela viveu até os 102 anos. Ela se alimentava muito bem”, lamenta Arquilei José de Almeida. Muito emocionado, o neto relembra que a avó viu o progresso da cidade, tinha muitas história para conta e foi uma das fundadoras do Bairro Dalva de Oliveira.

A família reclama que no local do acidente, ninguém respondia aos questionamentos, afirma Roselaine Oliveira Ricalde, 36 anos. Ela foi uma das primeiras a chegar e encontrar o corpo da avó estendido no chão. "A gente viu a Polícia Militar e o procurador defendendo a motorista, que parecia ser uma pessoa famosa. Eles não deixavam ninguém chegar perto da condutora. Já arrumamos advogado para cuidar do caso. Queremos Justiça”, diz a mulher que não se conforma com a morte da avó.

Sem poder fazer mais nada, médico do Samu cobre corpo de idosa (Foto: André Bittar)
Sem poder fazer mais nada, médico do Samu cobre corpo de idosa (Foto: André Bittar)
Nos siga no Google Notícias