“Tive um apagão”, disse motorista que atropelou e matou idosa à polícia
Condutora, que é esposa de procurador, perdeu controle de carro, invadiu calçada e matou idosa
A condutora Cirlene Lelis Robalinho, 48 anos, que invadiu calçada e matou a idosa Verônica Fernandes de 91 anos, na tarde desta quarta-feira (13), prestou depoimento ontem à noite.
À Polícia Civil, ela afirmou que sofreu um mal súbito, por isso perdeu o controle do carro e acabou atropelando a idosa. “Ela disse que teve um apagão, passou mal. Estava muito abalada”, contou a delegada Célia Maria Bezerra, que investiga o caso, sem revelar maiores detalhes do depoimento.
O marido da condutora, o procurador de Justiça Gilberto Robalinho da Silva, já havia apresentado esta versão à imprensa ontem, logo após o acidente, quando a esposa deixou o local numa ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
“Minha esposa me ligou dizendo que passou mal e atropelou uma mulher e que essa mulher havia morrido, ela estava muito nervosa”, disse o procurador à reportagem, assim que chegou ao local.
Em contraponto esta versão, no local, testemunhas disseram que viram a mulher falando ao celular antes do atropelamento. A delegada afirma que, até agora, de nove pessoas que foram ouvidas, apenas uma apresentou esta versão.
“Estamos ouvindo testemunhas e apurando o que houve, mas não podemos fazer nenhuma análise precipitada. Se ela realmente estava falando ao celular vamos descobrir na investigação”, disse.
Cirlene responde por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
O acidente – O acidente aconteceu por volta das 13h de ontem, na avenida José Nogueira Vieira, esquina com a Maria do Carmo Ferro, Bairro Dalva de Oliveira – região leste de Campo Grande.
De acordo com informações de testemunhas, três pessoas, incluindo a idosa, estavam caminhando pela calçada, quando um carro desgovernado atropelou uma delas e a arrastou por alguns metros. A vítima morreu na hora.
O marido da motorista responsável sustentou no local do acidente que a mulher passou mal ao volante, mas testemunha disseram que ela estava no celular.