Polícia faz busca em condomínio de luxo que teve briga de vizinhos
Confusão foi no começo do mês e teve agressões até briga com raquete de beach tênis
Equipes da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul cumpriram, nesta sexta-feira (20), mandado de busca e apreensão em imóvel do condomínio de luxo Damha 3, em Campo Grande. A ação, conforme a reportagem apurou, tem a ver com o episódio de confusão entre vizinhos do residencial, que virou notícia no começo do mês, depois de um deles ser acusado de ameaçar os vizinhos afirmando ter armas em casa.
Foto que chegou à redação do Campo Grande News mostra duas viaturas à frente da residência do morador, identificada porque na frente está o Volvo branco usado por ele no dia do tumulto.
O caso está investigado pela 3ª Delegacia de Polícia Civil no Bairro Carandá Bosque. Não há detalhamento sobre o que foi apreendido.
A história - No dia 1º de março, um domingo, boletim de ocorrência registrado por dois moradores acusaram vizinho de dirigir com “velocidade incompatível” dentro do condomínio, em veículo Volvo branco, no momento em que várias crianças brincavam. Segundo o relato feito às autoridades policiais, o motorista quase atropelou o filho de um dos denunciantes, de 5 anos.
Diante da manobra perigosa, os moradores disseram que fizeram gestos desesperados para que o vizinho parasse e, quando reclamaram à segurança do condomínio, o motorista do Volvo foi tirar satisfação.
Em tom agressivo, conforme descrito, proferiu palavrões e declarou que tinha arma em casa. “Não sabem com quem estão mexendo” foi uma das frases atribuídas a ele.
A confusão, de acordo com o boletim de ocorrência, teve agressões parte do vizinho alvo da reclamação e novas ameaças. “Mato você, seu filho, sua mulher, você não me conhece, sou de Maracaju, tenho dinheiro e arma dentro de casa, seu bosta, filho da p***”.
Segundo o registro policial, a própria mulher do acusado, nervosa, pedia para que todos saíssem de lá, pois conhecia o marido, sua capacidade, que tinha várias armas em casa e é perigoso.
Ele também registrou boletim de ocorrência, contando outra história. Disse que ele e a esposa foram cercados por pelo menos quatro homens quando foram até a quadra de beach tênis do residencial.
A intenção do grupo, segundo o morador, foi questioná-lo por estar dirigindo em “intensa velocidade”. Afirma ter sido agredido a socos e pontapés e diz que um dos agressores usou, inclusive uma raquete de beach tênis para isso.
O caso inicialmente foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, por ser fim de semana. Depois, passou a correr na delegacia do Bairro Carandá Bosque. A reportagem tentou, sem êxito, contato com o delegado responsável, Ricardo Meirelles.