Polícia pede novas quebras de sigilo telefônico no caso Marielly
A polícia pediu a quebra de novos sigilos telefônicos de pessoas relacionadas ao caso Marielly. O delegado que cuida do caso, Fabiano Nagata, não quis dizer quem são essas pessoas, e nem quantas são, para não atrapalhar as investigações.
Quanta ao fato da mãe e da irmã de Marielly, e uma prima de Hugleicy da Silva terem mentido durante as investigações, dizendo que Hugleicy não havia saído de casa no dia em que a jovem desapareceu, o delegado afirma que será investigado o motivo que as levaram a mentir.
“Nós vamos investigar para saber porque a mãe, a Mayara e a família mentiram. Ainda tem muita coisa para investigar nesse caso”, diz.
Questionado se após a conclusão das investigações, elas poderiam ser punidas por ter mentido, o delegado disse que elas poderão responder por “participação”.
O fato de a família ter mentido para a polícia atrapalhou as investigações e por isso, eles podem responder por participação.
O caso- Marielly desapareceu no dia 21 de maio e o corpo foi encontrado no dia 11 de junho. A morte é resultado de um aborto malsucedido.
Logo que a jovem desapareceu, a família foi ‘ às ruas’ pedir ajuda. Distribuiu cartazes com a foto de Marielly pelo bairro, pediu ajuda à OAB/MS e até à Assembléia Legislativa.
A prisão de Hugleice e Jodimar Ximenes Gomes foi decretada na semana passada. Jodimar, o enfermeiro apontado pela Polícia como quem fez o aborto na jovem, se apresentou no dia seguinte e nega qualquer relação com o caso.
Hugleice, que é marido da irmã mais velha de Marielly, se entregou dois dias depois de ter a prisão decretada e após uma noite na cadeia confessou que levou a cunhada até a casa de Jodimar para fazer aborto. Ele diz não saber quem é o pai e nem quem levou o corpo até o canavial.