Polícia rejeita acordo com suspeito de matar mulher, que segue foragido
Continua foragido da polícia Genilson Silva de Jesus, de 41 anos, que no domingo (04) matou a esposa, Ramona Regilene Silva de Jesus, 44 anos, a golpes de faca na Rua Rosa Ferreira Pedro, no Portal Caiobá, região sul de Campo Grande.
Nesta terça-feira (06), dois advogados do suspeito estiveram na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) tentando um acordo sobre a apresentação do rapaz.
“Eles propuseram a apresentação dele com a condição de que ele não fosse preso, mas isso foi negado, sendo que já há um mandado de prisão preventiva expedido contra ele pelo crime”, comentou a delegada Elaine Benicasa, plantonista da delegacia.
Ainda segundo a delegada, os advogados de Genilson não deram detalhes sobre o paradeiro do rapaz e disseram apenas que haviam sido contratados pela família do autor.
Contundo, investigadores do SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil estão ouvindo familiares tanto da vítima quanto do autor, além de fazerem buscas pela região do Portal Caiobá, no entorno do Residencial Celina Jallad, onde ocorreu a morte, em busca do suspeito.
Mais detalhes sobre a motivação e logística do feminicídio ainda não foram divulgados pela polícia. O caso segue sobre responsabilidade da delegada adjunta da Deam, Fernanda Felix Carvalho Mendes.
O crime - Ramona foi esfaqueada ainda dentro de casa, pela Rua Rosa Ferreira Pedro, no residencial Celina Jallad pelo bairro Portal Caiobá, região sul de Campo Grande. Mas ainda segundo moradores, mesmo ferida, ela atravessou a rua em busca de socorro.
No entanto, ainda segundo vizinhos o marido a perseguiu, lhe deu uma rasteira e a atingiu por mais vezes na frente dos moradores. Vizinhos ainda tentaram correr atrás do agressor, que fugiu a pé para os fundos do bairro, onde fica uma área de mata.
Revoltados com a cena que presenciaram, os moradores atearam fogo em uma Ford Courier, veículo que pertencia ao autor. O automóvel foi totalmente destruído pelo fogo.
Violento – Genilson já havia sido denunciado por ameaçar matar o filho recém-nascido de uma amante em 2008. A denúncia foi feita pela mãe da criança – que na época tinha seis meses de idade.
Ele havia tido uma relação extraconjugal com a mulher, que ficou grávida. Quando a criança nasceu, ele ameaçou matar o menino e fugir para o Paraguai, pois, segundo a mulher, lá ninguém o encontraria.
Na polícia, há apenas um registro de violência doméstica envolvendo o casal, feito em 2013. No BO, Genilson e Ramona constam como autores de violência. Mas a em sete anos de relação, Ramona nunca registrou um boletim de ocorrência por violência doméstica contra o marido.