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Capital

Precário e no improviso, ponto de ônibus é “dor de cabeça” pelos bairros

Aline dos Santos | 06/06/2017 13:48
Na rua Traíra, ponto de ônibus fica em matagal. (Foto: Marcos Ermínio)
Na rua Traíra, ponto de ônibus fica em matagal. (Foto: Marcos Ermínio)

Companheiro de longas esperas, com chuva e sol, os precários pontos de ônibus fazem parte da vida de todo dia dos muitos usuários do transporte coletivo de Campo Grande. Resumidos à estacas no chão, sem bancos ou cobertura, o problema se espalha pela cidade.

Para a próxima semana, a novidade é que a prefeitura promete instalar as primeiras coberturas de um pacote de cem abrigos, uma das contrapartidas definida em março para isenção de impostos ao Consórcio Guaicurus.

“Era para a gente estar esperando o ônibus sentado”, afirma a técnica de enfermagem Rosimeire Evangelista de Assis, 41 anos. Mas, na manhã desta terça-feira (dia 6), a saída diante da falta de um ponto de ônibus adequado foi aguardar em pé num canto com sombra da Rua das Perdizes, no Jardim Noroeste.

“Se for dia de chuva, ou se molha todo ou bate palma nas casas vizinhas”, afirma Rosimeire. Quando o ônibus vem levantando poeira pela rua, as pessoas, esparsas para se esconder do sol, saem correndo em direção ao ponto de parada.

Neuza Cristina dos Santos, 46 anos, planejou pegar o ônibus às 10h20 para chegar meio dia ao trabalho no Centro da cidade. Às 11h, ainda não havia saído do lugar. No caso, ao lado de uma estaca laranja que sinaliza o transporte coletivo.

Na Rua das Perdizes, estrutura do que foi um ponto de ônibus marca parada do transporte coletivo.(Foto: Marcos Ermínio)
Na Rua das Perdizes, estrutura do que foi um ponto de ônibus marca parada do transporte coletivo.(Foto: Marcos Ermínio)
"Se tem chuva, tô aqui; se tem sol, tô aqui. E o ônibus que vem é bem precário", diz Neuza. (Foto: Marcos Ermínio)
"Se tem chuva, tô aqui; se tem sol, tô aqui. E o ônibus que vem é bem precário", diz Neuza. (Foto: Marcos Ermínio)

“Só sabem aumentar a passagem para o usuário, mas não tem retorno de nada. Se tem chuva, tô aqui; se tem sol, tô aqui. E o ônibus que vem é bem precário”, diz sobre a rotina diária no transporte coletivo.

No bairro Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, região do Jardim Itamaracá, a rua Traíra exemplifica em seu 1,5 quilômetro a situação precária dos pontos de ônibus.

A dona de casa Simone Teodoro de Oliveira, 34 anos, conta que os passageiros esperam o veículo do transporte coletivo na calçada da sua residência. À frente, o ponto é uma estaca num terreno tomado por mato. Na mesma rua, uma tábua é usada como banco.

Conforme a assessoria de imprensa da prefeitura, as instalações dos abrigos começam na próxima semana. As coberturas serão colocadas de acordo com a confecção e pintura. Segundo a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), já estão prontas 10 coberturas e outras 20 em fase de produção. A localização dos novos pontos de ônibus deve ser divulgada no fim desta semana.

Terminais – Aprovada em março na Câmara Municipal, a isenção de 5% ISS (Imposto Sobre Serviço) equivale a R$ 8 milhões. Além da cobertura de cem pontos de ônibus, o consórcio deverá fazer reformas nos terminais.

De acordo com a prefeitura, já começaram as intervenções nos terminais Bandeirantes, Guaicurus e General Osório. Nos demais, os serviços serão executados na sequência. A cidade tem nove terminais do transporte coletivo. A reportagem entrou em contato com o Consórcio Guaicurus e aguarda retorno.

Também na rua Traíra, banco improvisado para passageiro poder esperar sentado. (Foto: Marcos Ermínio)
Também na rua Traíra, banco improvisado para passageiro poder esperar sentado. (Foto: Marcos Ermínio)
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