Prefeita garante que em 2024 Capital vai acabar com alguns problemas crônicos

Finalizando o primeiro ano completo como prefeita, Adriane Lopes (PP) já marca 2023 como um destaque de vida, graças a "muita produtividade, trabalho intenso e metas alcançadas". O tempo à frente da administração de Campo Grande, entre janeiro e dezembro, passou rápido, mas ela diz que foi o bastante para mostrar que está pronta para a reeleição.

Em entrevista exclusiva ao Campo Grande News, Adriane não fala do lado humano da mulher de 47 anos. Diz que só pensa em resolver o que há de ruim e avançar em busca do ideal. Ela conta que desde que sentou na cadeira de prefeita estabeleceu a área de desenvolvimento econômico como prioridade na gestão, por considerar que “se a economia da cidade vai bem, todos os outros setores também vão”.

Corte de gastos

As assinaturas deixadas em cada projeto, em cada licitação, foram o começo do que a prefeita acredita ser a transformação da Capital. Entre as "meninas dos olhos", ela diz estar ansiosa para a inauguração da usina móvel de pavimentação asfáltica, criada para reduzir custos no serviço de pavimentação em Campo Grande e mais quatro cidades de Mato Grosso do Sul.

Os efeitos, segundo a prefeita, serão sentidos já no próximo ano. “Em 2024 não teremos mais operação tapa buraco, isso era uma tradição que eu herdei dos governos passados, mas que graças à usina não precisaremos mais disso, esse será um grande presente para Campo Grande, como economia que varia de 30% a 40% os custos da pavimentação, iremos recapear nossa Capital”, afirma Adriane.

A prefeita, que tem como tradição chegar ao final do ano e fazer um balanço de todas as atividades, conta que o caderninho de metas foi "ticado" mês a mês e que a hora é de renovar energias para 2024.

Educação

Uma das metas do bloco de notas foi na área da educação, Adriane disse que no dia das eleições de 2022, ela estava na fila para chegar à urna e apontou para o forro da sala de aula da zona eleitoral montada em escola municipal. De acordo com ela, o forro estava despencando, “eu olhei, passei vergonha e fui embora”, disse a prefeita, que começou a partir dali a traçar o projeto que viabilizava recurso para que as escolas pudessem, através das associações de pais e mestres, definir como o dinheiro seria usado.

Temos 205 escolas. Como licitar simultaneamente obras, sendo que o problema de uma não é o mesmo da outra? Então eu sentei com a minha equipe, nós construímos uma forma moderna, prática e transparente de gestão, que envolveu toda a comunidade, definindo dentro da escola as prioridades a serem atendidas”, explica Adriane.

O projeto para a revitalização de todas as unidades educacionais da Reme (Rede Municipal de Ensino) chega em dezembro com cerca de 60 escolas revitalizadas e segue até julho de 2024, podendo ser estendido de acordo com a necessidades das escolas.

Assistência e moradia

Na área da assistência social, Adriane destaca a rapidez da equipe nas respostas das demandas. Não foi fácil administrar dramas como o incêndio na comunidade do Mandela, ocorrido em novembro.

Cem famílias já estavam cadastradas na Secretaria de Assistência Social, já eram contempladas com os benefícios. Quando veio o incêndio a gente teve que acelerar o processo para as 87 famílias que ainda estavam no processo de trazer documentação e de averiguação. Rapidamente, conseguimos colocar as famílias em abrigos e com trabalho em conjunto da Defesa Civil, Assistência Social e Agência de Habitação trouxemos resolutividade atendendo essas famílias”, destaca Adriane.

Hospital Municipal

A saúde também foi uma área que recebeu atenção especial em 2023. Segundo a prefeita, em um ano foi entregue a revitalização de 30 unidades de saúde. Mas a grande conquista na avaliação de Adriane foi o anúncio de construção de um hospital municipal.

Ao Campo Grande News, a prefeita explicou que o projeto será "construído do zero". "É um complexo hospitalar, com 50 salas de especialidades e 250 leitos regulados para atender as 10 Upas (Unidades de Pronto Atendimento) de Campo Grande". O projeto está pronto, entretanto, o local que o prédio será construído ainda precisa ser definido.

“A área ainda está sendo definida porque tem impacto de vizinhança. Então saímos da esfera da saúde, agora nós estamos buscando com outras duas secretarias os laudos técnicos para construção, pois temos que fazer até estudo do solo onde será construído”, argumenta.

Mobilidade

Também vem por aí um plano de mobilidade para melhorar o trânsito na cidade, diante do problema de congestionamento que Campo Grande começa a enfrentar.

“Elaboramos com nossa equipe técnica e também no Ministério das Cidades. Nós fizemos ali a adesão num projeto no valor de R$ 500 milhões com o PAC Mobilidade”, diz Lopes.

Adriane afirma também que pretende criar um programa de educação no trânsito, voltado para os pais de alunos, com o objetivo de conscientizar sobre os congestionamentos causados nas entradas de escolas, por contas das filas duplas.

“Essa é uma questão de educação, vamos intensificar as blitz educativas, por exemplo. Mas é necessário que os próprios pais se conscientizem que isso gera atrasos e congestionamentos”, desabafa a prefeita.

Eleições 2024

Adriane Lopes já se colocou como pré-candidata na busca da reeleição, e caso saia vencedora da disputa, será a primeira mulher eleita pelo voto direto a se tornar prefeita de Campo Grande.

Mas por enquanto ela garante que está focada nas demandas da Capital, e que seu maior desafio como gestora é preparar Campo Grande para o futuro. Ela aponta como diferencial, diante de tantos nomes colocados à disposição para comandar o Executivo municipal, o fato de ter colocado Campo Grande como capital da Rota Bioceânica.

Eu trouxe Campo Grande para pertencer a uma Rota Bioceânica que passava fora, eu projetei Campo Grande fora de Campo Grande e nós conseguimos colocar nossa cidade como capital da Rota, isso é um diferencial, nós conseguimos mostrar para a população de Campo Grande que Rota Bioceânica não é para poucos, é para muitos”, enfatiza Adriane.

A prefeita finaliza a entrevista dizendo que comandar Campo Grande tendo um mandato inteiro para pôr em prática todos os projetos e ações que tem para a cidade será um grande desafio, mas também uma realização, por poder fazer por Campo Grande o que a "Capital merece".

“Pensando numa realização e numa concretização disso, o meu maior desafio é preparar Campo Grande para esse novo tempo de crescimento e expansão”, finaliza.

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