Prefeitura cortou gratificação no salário de médicos e procuradores
Além dos servidores do administrativo da Educação e da Central de Atendimento ao Cidadão, pelo menos mais dois grupos de funcionários públicos municipais tiveram corte nos salários de janeiro. Médicos e procuradores do Município também não receberam as gratificações.
O presidente do Sindicato dos Médicos, Marco Antônio Leite, confirmou o corte na gratificação da categoria. O valor é, em média, de R$ 500, concedidos no último semestre de 2012.
Segundo ele, os médicos foram informados pela Prefeitura que o corte é temporário, até que seja concluído o recadastramento dos servidores. Na quarta-feira, prefeitura publicou decreto obrigando todos os servidores a fazer recadastramento até o mês de março, sob punição de ficar sem o salário.
A gratificação dos procuradores já teria previsão de acerto. O procurador-geral do município, Luiz Carlos Santini, disse que ainda está se inteirando da pasta, que assumiu ontem, mas negou os cortes.
Segundo a lei de abril do ano passado, que instituiu a gratificação para a categoria, o índice da remuneração pode ser de até 30% do valor do salário.
Problemas nos salários envolvem várias categorias, tanto que o Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais) convocou assembleia geral, no dia 15, para definir greve após o corte das gratificações dos servidores administrativos de Educação e da Central de Atendimento ao Cidadão.
A média salarial das duas categorias é de R$ 680.Os servidores da central recebem R$ 300 de abono. Já os administrativos têm acréscimo de R$ 150 correspondentes ao Profuncionário, pago a quem faz curso de qualificação. Na Semed (Secretaria Municipal de Educação), o corte do programa atinge 1.300 pessoas, entre as que concluiram ou estão fazendo o curso.
Ao ser indagado sobre o corte no salário dos médicos e procuradores, o prefeito Alcides Bernal respondeu apenas que só não recebeu quem "está reivindicando alguma coisa a que não tem direito".