Prefeitura e sindicato divergem sobre número de agentes em greve
Município aponta que adesão à greve caiu. Paralisação entra hoje no 18º dia
Prefeitura de Campo Grande e Sintesp (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde Pública) divergiram nesta sexta-feira sobre o número de agentes de controle de epidemiologia e saúde pública que estão em greve há 18 dias.
Em nota divulgada ontem, a Prefeitura informou que a adesão à greve dos agentes caiu de 47%, para 37%. Isso significa que no pico máximo da greve, iniciada há 18 dias, eram 315 agentes parados, número que hoje é de 254.
Na mesma nota, a Prefeitura reafirma que mantém o rigor na apuração das eventuais faltas dos grevistas. Ainda conforme informações da Prefeitura, o número total de agentes em Campo Grande é de 674.
Do outro lado, o presidente do Sintesp, Amado Cheikh, garante que o número atualizado nesta sexta-feira é de 550 servidores parados.
Os agentes fizeram nova reunião na manhã desta sexta-feira para discutir sobre a paralisação. Segundo Cheikh, o movimento da greve decidiu continuar a paralisação por tempo indeterminado. “Nós estamos esperando o prefeito”, afirma.
Salários bloqueados - Cerca de 250 agentes estão na lista dos que terão os salários de fevereiro bloqueados, segundo informações da Sesau (Secretaria de Municipal de Saúde).
A Justiça declarou a greve ilegal e fixou multa de R$ 25 mil para o Sintesp (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde Pública), em caso da continuidade da greve, que ocorre num período de alta incidência de focos da dengue.
A Prefeitura de Campo Grande criou comissões para apurar infrações agentes de saúde. Os resultados devem ser divulgados no próximo mês.