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Capital

Prefeitura estuda mais fiscais contra "baderna" nos altos da Afonso Pena

Rachas, manobras, som alto e embriaguez de condutores são algumas das infrações mais comuns na região

Cassia Modena | 18/07/2023 12:12
Motos da BPTran estacionadas durante operação na região (Foto: Divulgação/BPTran)
Motos da BPTran estacionadas durante operação na região (Foto: Divulgação/BPTran)

A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), afirmou que equipes técnicas da Agetran (Agência Municipal de Trânsito) discutem junto às do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) medidas para conter infrações já comuns nas "badernas noturnas" nos altos da Avenida Afonso Pena.

Houve um encontro entre os membros dos dois órgãos nesta segunda-feira (17), disse a chefe do Executivo. "Estamos fazendo reuniões para criar mecanismos para fiscalizar e estar mais presente, na tentativa de coibir ações recorrentes que trazem prejuízo para a população", pontuou Adriane nesta manhã (18).

As reuniões citadas pela prefeita ocorrem após o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) determinar, por meio de acórdão publicado em junho, que a prefeitura da Capital e o Governo do Estado adotem medidas de segurança e organização do trânsito para impedir as infrações.

O acórdão atende a pedido feito judicialmente há 10 anos pela Associação de Moradores dos Altos da Avenida Afonso Pena. Em primeiro grau, ele não havia sido inteiramente acolhido, já que a 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos da Capital entendeu que a Justiça não poderia intervir no campo de atuação do Executivo.

À reportagem, a assessoria de imprensa da Procuradoria-Geral de Mato Grosso do Sul informou na última sexta-feira (14) que o Estado avalia opor embargos de declaração contra a decisão. Já a prefeita de Campo Grande não antecipou se a Procuradoria-Geral do Município irá acolher ou recorrer do acórdão. Estado e Município têm o prazo de 30 dias para tomar providências, a partir da finalização de todos os trâmites judiciais.

Medidas já adotadas - Agetran, GCM (Guarda Municipal) e PM (Polícia Militar) afirmaram, também por meio das assessorias de imprensa, que já fazem operações de fiscalização e blitze constantes para manter o sossego na região.

A GCM registrou 41 ocorrências nos altos da Afonso Pena entre 1º de janeiro e 17 de julho. Já a BPtran (Batalhão da Polícia Militar de Trânsito) não pode levantar os dados relacionados somente aos altos da Afonso Pena, mas informou que, ao longo da avenida, realizou 32 operações e atendeu 272 ocorrências de acidentes de trânsito do primeiro dia do ano até 7 de julho.

A Agetran foi questionada sobre os dados de ocorrências no local, mas não retornou até a publicação desta matéria. A agência, porém, prestou informações sobre o número de radares presentes em toda a avenida para coibir as infrações. São quatro pontos com equipamentos eletrônicos atualmente. "A Avenida Afonso Pena é inteiramente sinalizada dos trechos da  Avenida do Poeta até Avenida Tiradentes, com redutores de velocidade, placas de limite de velocidade, faixas de contenção semafórica e recentemente teve sua sinalização revitalizada", acrescentou.

Mesmo com as medidas já tomadas, não é raro encontrar na imprensa e nas redes sociais vídeos de carros travando rachas na avenida durante as madrugadas, contesta o advogado que representa a associação de moradores, Oton José Nasser de Mello. Após a publicação do acórdão, inclusive, ele pediu à Justiça o cumprimento imediato da decisão, para evitar acidentes de trânsito e mortes.

No mês passado, o Campo Grande News publicou vídeo que dá ideia do barulho que perturba moradores e põe condutores e pedestres em risco na avenida. Confira:

Porteiro de um dos condomínios da Avenida Afonso Pena, John Sulivan afirma sempre ver jovens sentados na calçada consumindo bebida alcoólica próximo à altura do Bioparque Pantanal, na avenida. "Saem da balada, estacionam o carro e sentam na calçada para beber. Vejo quando estou entrando no serviço, às 5h30, principalmente no fim de semana", conta.

Jhon é porteiro de um condomínio da Avenida Afonso Pena (Foto: Cassia Modena)
Jhon é porteiro de um condomínio da Avenida Afonso Pena (Foto: Cassia Modena)

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