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Capital

Prefeitura estuda novo escalonamento e professores aguardam proposta amanhã

Aline dos Santos | 15/06/2015 09:56
Professores estão em greve desde 25 de maio. (Foto: Marcos Ermínio)
Professores estão em greve desde 25 de maio. (Foto: Marcos Ermínio)

A prefeitura de Campo Grande avalia o impacto financeiro do escalonamento até 2016 de parte do reajuste dos professores. A categoria está em greve desde 25 de maio. De acordo com o vereador Edil Albuquerque (PMDB), líder do prefeito na Câmara Municipal e que acompanha a negociação, a Semad (Secretaria Municipal de Administração) estuda alternativas e avalia as finanças.

Conforme o presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Professores), Geraldo Gonçalves Alves, a categoria espera receber uma nova proposta amanhã. Segundo ele, os trabalhadores não abrem mão do reajuste de 13,01%, mas aceitam os 8,50% neste ano, já proposto pela prefeitura, se o poder público concordar em escalonar os 4,51% no próximo ano.

Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, o quadro de negociação segue inalterado desde a semana passada. No último sábado, a administração municipal informou que gasta R$ 40,4 milhões com a folha de pagamento do magistério e há professor com remuneração de quase R$ 18 mil.

Ainda conforme a Semad, o salário do professor da rede municipal de ensino de Campo Grande, com nível superior, em início de carreira, chega a R$ 2.673,36 por 20 horas semanais, valor 39% acima do piso nacional da categoria, que é de R$ 1.917,78.

O reajuste resultaria em aumento de quase R$ 6 milhões na folha de pagamento do magistério, extrapolando o limite de gastos com pessoal.

Na última segunda-feira, dia 8, a administração municipal apresentou proposta de 8,50% parcelados até o mês de dezembro de 2015, sendo 0,5% em junho e 1,33% nos meses seguintes, até o final do ano.

No dia seguinte, a categoria sugeriu que os 13,01% fossem divididos em sete parcelas, sendo 1% para os meses de junho e julho; 2% em agosto, setembro, outubro; e 3,01% em dezembro. Dessa forma a reposição do piso estaria atendida.

O TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) já determinou o retorno de 66% da categoria, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. A Reme (Rede Municipal de Ensino) tem 101 mil alunos e 8,6 mil professores.

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