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Capital

Prefeitura faz “piscinão” para acabar com alagamentos na Hiroshima

Edivaldo Bitencourt e Alan Diógenes | 28/05/2015 15:02
Máquinas trabalham em obras de drenagem e construção de piscinão (Foto: Marcos Ermínio)
Máquinas trabalham em obras de drenagem e construção de piscinão (Foto: Marcos Ermínio)

Com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), a Prefeitura de Campo Grande iniciou a construção do “piscinão”, como é conhecido o reservatório de água da chuva, para acabar com os alagamentos nas avenidas Hiroshima e Mato Grosso, na Vila Nascente, na região do Parque dos Poderes. Junto com obras de pavimentação, o projeto vai interditar a Avenida Hiroshima por 15 dias.

Segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura, Habitação e Transporte, o “piscinão” será construído na esquina das avenidas Mato Grosso e Hiroshima e deverá retardar a chegada da água no Córrego Reveillon, no Parque das Nações Indígenas. Outros três córregos – Desbarrancado, João Português e Prosa – formam a bacia que tem alagamentos com a chuva forte.

Moradores esperam que a obra acabe com o transtorno a cada temporal. Ontem, a enxurrada alagou a residência da funcionária pública Luzimar França, 45 anos, que reside há cinco anos na Vila Nascente.

Ela contou que passou a conviver com o problema nos últimos três meses, quando começaram as obras de pavimentação e drenagem do complexo Mata do Jacinto, com investimento de R$ 35 milhões do PAC. Segundo o município, serão pavimentados 177 metros quadrados.

Luzimar conta que a empreiteira responsável pela obra até construiu uma barragem para diminuir os transtornos ocorridos a cada chuva. Ela espera o fim das enchentes na região.

Catarino lamentou prejuízo, mas espera solução com obra (Foto: Marcos Ermínio)
Catarino lamentou prejuízo, mas espera solução com obra (Foto: Marcos Ermínio)
Luzimar espera fim de alagamentos, que passaram a lhe incomodar após cinco anos residindo na região (Foto: Marcos Ermínio)
Luzimar espera fim de alagamentos, que passaram a lhe incomodar após cinco anos residindo na região (Foto: Marcos Ermínio)

O estudante Junior Oliveira, 30, tem esperança de que o reservatório e a pavimentação acabe com o alagamento da via. Ele relembrou que a cada chuva a água desce a avenida levando terra e causando destruição. “É uma obra necessária”, disse.

O comerciante Catarino Pereira, 63, lamentou os prejuízos durante a interdição da Avenida Hiroshima, entre a Rua do Salto e a Avenida Mato Grosso. Ele estima queda de 70% nas vendas. No entanto, o empresário tem esperanças de que as obras não sejam apenas paliativas e acabem de vez com os alagamentos.

A vendedora de salgados Marlene Teresa, 58, está desconfiada com as obras. “Nunca resolvem”, lamentou-se, ao relembrar que já chegou a perder 100 chipas após o início das obras.

Durante vistoria da obra, o prefeito Gilmar Olarte (PP), prometeu acabar com os transtornos e levar melhoria à região. “Estamos construindo obras completas que vão transformar os bairros do Complexo Mata do Jacinto. A população já está percebendo a mudança total nesses bairros”, destacou o progressista, por meio da assessoria de imprensa.

Veículos usam desvio em rua de terra durante as obras, que devem interditar Hiroshima por 15 dias (Foto: Marcos Ermínio)
Veículos usam desvio em rua de terra durante as obras, que devem interditar Hiroshima por 15 dias (Foto: Marcos Ermínio)
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