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Capital

Prefeitura pediu ajuda de R$ 67 milhões ao governo para mais leitos na Capital

João Humberto | 22/07/2016 18:52
Prefeitura encaminhou ofício ao governo solicitando a quantia para garantir mais leitos de UTI em hospitais da Capital (Foto: Cleber Gellio/Arquivo)
Prefeitura encaminhou ofício ao governo solicitando a quantia para garantir mais leitos de UTI em hospitais da Capital (Foto: Cleber Gellio/Arquivo)

A Prefeitura de Campo Grande pediu R$ 67.840.000,00 (sessenta e sete milhões, oitocentos e quarenta mil reais) ao governo do Estado para garantir mais leitos nos hospitais da cidade. É o que consta em ofício encaminhado pelo secretário municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, ao secretário de Estado de Saúde, Nelson Tavares, no último dia 12 de maio.

De acordo com informações da assessoria de comunicação da prefeitura de Campo Grande, o prefeito Alcides Bernal (PP) voltou ao cargo em 27 de agosto, enfrentando série de problemas, como escalonamento de salários, dívidas, serviços paralisados, greve de médicos e epidemia de dengue. Em maio, após tratativas sobre a Caravana da Saúde, apresentou projeto de ações para incremento de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), solicitando orientações e resposta da disponibilidade de recursos para assinatura de convênio.

No ofício, Ivandro diz que o maior objetivo da Caravana é estruturar a saúde no Estado a fim de que não ocorram episódios relacionados à demanda reprimida nas especialidades críticas. Por esse motivo, encaminhou documento solicitando a assinatura de convênio no valor de R$ 67 milhões para construção do Centro Regional de Saúde do Idoso; incremento de dez leitos de UTI, 12 de UCO (Unidade Coronariana) e 16 de enfermaria em ginecologia e obstetrícia no HU (Hospital Universitário); 15 leitos de cuidados semi-intensivos na Santa Casa; contratualização de 67 leitos clínicos e cirúrgicos no Hospital Adventista do Pênfigo e implementação de exames e outras ações de saúde na Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

Ivandro solicitou ao secretário de Estado de Saúde, Nelson Tavares, a disponibilidade dos recursos para assinatura de convênio para repasse à Sesau.

Outro lado – Nesta sexta-feira (22), a assessoria de imprensa do governo do Estado informou que a prefeitura recusou proposta para a ampliação dos leitos de UTI e aquisição de mais respiradores. Há quase um ano o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) tenta parceria com a administração municipal de Campo Grande, que não é levada adiante.

A proposta para evitar que o quadro de saúde se agravasse foi apresentada pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) à prefeitura no começo de 2015, quando Gilmar Olarte (Pros) ainda era prefeito. Segundo o governo, o projeto incluía não apenas a questão da UTI, mas leitos de internação e outros serviços e chegou a ser discutido, mas nunca levado adiante pela administração municipal.

Pela hierarquia definida pelo Ministério da Saúde, a Prefeitura é a única que pode administrar todo e qualquer investimento feito no setor bem como autorizar a instalação de novos leitos. É responsável, inclusive, por administrar recursos do SUS (Sistema Único deSaúde).
O Estado disponibilizou dez leitos de UTI no Hospital Regional e trabalha para abrir 40 novos leitos em hospitais de Campo Grande.

Outros 30 leitos de terapia intensiva estão sendo implantados nos municípios de Dourados, Nova Andradina e Ponta Porã, para que os pacientes dessas cidades e entorno não se desloquem à Capital, onde faltam vagas.

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