Prefeitura vai desobstruir tubulação para pôr fim a alagamento no Antônio Vendas
Trecho da via teve o asfalto arrancado com a enxurrada na madrugada de hoje

Local com várias ocorrências de inundações nos últimos meses, a rua Nelson Figueiredo Júnior, na Vila Antônio Vendas, pouco abaixo do Condomínio Dorf, recebeu a visita do secretário de obras de Campo Grande, Marcelo Miglioli. Trecho da via teve o asfalto arrancado com a enxurrada na madrugada de hoje e apesar de moradores culparem obra de clube esportivo pelos transtornos, o secretário afirma que a razão é o entupimento da tubulação.
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A Prefeitura de Campo Grande vai desobstruir a tubulação na rua Nelson Figueiredo Júnior, na Vila Antônio Vendas, para resolver alagamentos frequentes. O secretário de obras, Marcelo Miglioli, afirmou que o problema é causado pelo entupimento da tubulação, não por uma obra de clube esportivo próxima. A limpeza da bacia de contenção e a reforma da caixa de contenção serão realizadas. Moradores relatam piora nas inundações nos últimos anos. A intervenção depende de trégua nas chuvas para começar.
A canalização é dentro de área de preservação permanente, onde passa o Córrego Vendas, que enche e alaga trecho da rua. “Dentro desse espaço existe uma bacia de contenção, e existe uma canal de drenagem tubulado. O que houve foi que a boca da tubulação teve uma interrupção, por questão de sujeira, e essa água transbordou por cima e veio parar aqui em cima da pista”, explicou Miglioli.
Será feita a limpeza da bacia, conforme o secretário, e também reforma de uma parte da caixa de contenção, que cedeu. Ainda será feita a recomposição do aterro sobre a tubulação, e por fim, o pavimento danificado.
“O problema não é a obra (do clube esportivo), foi o sistema de drenagem que teve esse problema de sujeira. E como esse sistema de drenagem passa pela obra, então a gente não está nessa linha de questionar se foi a obra ou se foi a drenagem. A nossa visita foi aqui, no sentido de achar uma solução e resolver o problema”, detalhou, especificando que a chuva precisa dar uma trégua para os trabalhos começarem.
Morador do bairro há 22 anos, o engenheiro Ibrahim Cortada, 69, disse que “essa é a quarta vez com chuva forte que o problema vem piorando. Nós nunca tivemos isso. Há 22 anos nunca tivemos. A gente percebe que é a água da rua e sai muita água desse terreno aqui (da obra privada). A gente está preocupado porque entra água dentro do condomínio, já entrou água em casas da rua. É questão de tempo para piorar”, lamentou.
Mais cedo, o engenheiro responsável pela obra privada do clube esportivo, Mateus Veronezi, explicou que dentro do terreno passa a bacia de drenagem, que não está conseguindo drenar a água adequadamente, e que ocorreu uma erosão.
“Em 2008, a prefeitura fez uma obra para canalizar o córrego dentro da área de preservação. A água deveria ficar represada e ir escoando aos poucos pela tubulação, mas, por conta da erosão das árvores que caíram, além da terra e das pedras, o tubo ficou muito obstruído. Isso aqui deveria ser uma bacia de retenção de água, mas a barreira de contenção cedeu. Então, aqui foi criado um canal que faz a água descer com toda a força para a rua”, disse.
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