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Capital

Presidente da Santa Casa reforça déficit e fim de terceirização da oncologia

Alan Diógenes | 05/11/2014 18:19
Teslenco disse que pacientes já internados na oncologia irão terminar o tratamento no hospital. (Foto: Marcelo Calazans)
Teslenco disse que pacientes já internados na oncologia irão terminar o tratamento no hospital. (Foto: Marcelo Calazans)

O presidente da Santa Casa de Campo Grande, Wilson Teslenco, prestou esclarecimentos sobre o setor de oncologia do hospital durante um encontro com a Comissão Permanente de Saúde da Assembleia Legislativa, representada pelos deputados Lauro Davi (PROS) e Mara Caseiro (PT do B). Segundo Teslenco, haverá suspensão da terceirização do setor e um convênio será firmado com o Hospital do Câncer para atender novos pacientes.

Conforme Teslenco, cerca de 600 pacientes que já estão no setor irão permanecer no hospital até o final do tratamento. “São 200 pacientes da quimioterapia e aproximadamente 400 da hemoterapia que irão terminar o tratamento na Santa Casa mesmo ou serão transferidos para outros hospitais, dependendo da gravidade. Esse número pode ser bem menor por que alguns já terminaram o tratamento”, explicou.

O convênio com o Hospital do Câncer vai desafogar a demanda da Santa Casa, que segundo Teslenco, não é um hospital específico para o tratamento do câncer. Para ele, o Hospital do Câncer é ideal para o atendimento destes casos por que está em plena expansão, e vai ser possível utilizar o espaço deixado pela oncologia na Santa Casa para atender outras especialidades”, comentou.

Teslenco voltou a dizer que o déficit atual do hospital é de R$ 4 milhões, mensal, que podem ser subsidiados pela gestão municipal com o valor de R$ 3 milhões. “A prefeitura está buscando com o Governo do Estado um subsídio de R$ 3 milhões, mas nada foi acertado até o momento”, mencionou.

O presidente também fez um comparativo dos repasses de custeios vindos da União, do Estado e da gestão municipal para a Associação Beneficente, que para ele é bem inferior aos repasses destinados ao Hospital Regional. “Hoje a Santa Casa recebe R$ 15,1 milhões por mê, enquanto o Hospital Regional recebe R$ 18,5 milhões, segundo o seu presidente. Só que o Hospital Regional atende metade da demanda que a Santa Casa atende, por exemplo”, ressaltou.

Teslenco se mostrou preocupado com a demanda do Hospital da Vida, em Dourados, a 233 quilômetros de Campo Grande, que deixou de ser gerido pelo Hospital Evangélico. “A medida reduziu leitos e provavelmente os pacientes devem vir para a Capital, o que vai aumentar ainda mais a demanda da Santa Casa”, finalizou.

Psiquiatria - Durante a reunião, a superintendente interina da Santa Casa, Claudenice Valente, disse que há três anos o hospital disponibilizava 60 leitos e atualmente apenas 15 estão abertos e adequados às novas regras. “Uma nova norma foi baixada pelo Ministério da Saúde e desde então estamos anos adequando para reabrir mais 10 leitos, além dos 15”, apontou. Além disso, ela pediu aos parlamentares que auxiliam na abertura de mais vagas nos CAPSs (Centros de Atenção Psicossocial) municipais para atender pacientes psiquiátricos.

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