Preso por não combater dengue, empresário vai pagar fiança de R$ 2 mil
O dono de uma empresa de conveniência, preso no final da manhã de hoje (15), por não combater a proliferação dos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e zika vírus, deverá pagar fiança de R$ 2 mil para ser solto. Ele será indiciado por crime ambiental, segundo o delegado Wilton Vilas Boas de Paula, titular da Decat (Delegacia de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista).
Segundo o delegado, o dono da Big Festa, que não teve o nome divulgado pela polícia, foi preso em flagrante durante a operação de combate a dengue da Prefeitura de Campo Grande e Polícia Civil.
Ele teria sido notificado em duas ocasiões para limpar o terreno na Rua Antônio Maria Coelho, no Jardim Cabreúva. No entanto, as notificações, feitas em fevereiro e novembro deste ano, foram ignoradas.
Durante a fiscalização, na manhã de hoje, fiscais e policiais encontraram focos do mosquito da dengue no terreno. A polícia prendeu o empresário com base no artigo 54 da Lei de Crimes Ambientais, de 1998. Ele pode ser condenado a pena de um a quatro anos de reclusão.
Em depoimento, o empresário alegou que o imóvel está em nome da esposa. No entanto, segundo o delegado, ele é o responsável pela área. A esposa também será convocada para prestar esclarecimento.
A Secretaria Municipal de Saúde vai manter a operação e tem a finalidade de autuar e, com a ajuda da Decat, até realizar outras prisões de quem não estiver contribuindo com o combate à dengue, chikungunya e zika.