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Capital

Primeira audiência em caso de PM que matou marido é marcada para outubro

No dia 3 de outubro deste ano serão ouvidas as testemunhas de acusação do caso

Luana Rodrigues | 17/04/2017 17:13
Valdeni Lopes Nogueira, 47 anos, major morto, e a  tenente-coronel da Polícia Militar, Itamara Romeiro Nogueira. (Foto: Reprodução/ Facebook)
Valdeni Lopes Nogueira, 47 anos, major morto, e a tenente-coronel da Polícia Militar, Itamara Romeiro Nogueira. (Foto: Reprodução/ Facebook)

Nove meses após o crime, a Justiça de Mato Grosso do Sul marcou para outubro deste ano a primeira audiência do caso da tenente-coronel da Polícia Militar, Itamara Romeiro Nogueira, 40 anos, que confessou ter assassinato a tiro o marido, Valdeni Lopes Nogueira, 47 anos. O crime ocorreu no dia 12 de julho do ano passado, na casa em que o casal morava, no Jardim Santo Antônio, em Campo Grande.

De acordo informações do processo, na primeira audiência do caso, marcada para o dia três de outubro de 2017, às 13h30, o juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, juntamente com o promotor da 20ª promotoria de Justiça, Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos, irão ouvir dez testemunhas de acusação.

Já no dia 21 de novembro de 2017, também às 13h30, a Justiça e o Ministério Público irão colher depoimentos de oito testemunhas de defesa da ré.

Ainda conforme o processo, Itamara é defendida pelos advogados José Roberto Rodrigues da Rosa e Marcus Vinícius Machado Abreu da Silva. Já a acusação conta com dois assistentes, os advogados Aparecido Tinti Rodrigues de Farias e Edson José dos Silva.

Itamara responde pelo assassinato do marido em liberdade, desde o dia 19 de julho. A policial ocupa a função de ajudante de ordem, no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

Caso - Na tarde de 12 de julho, o casal estava discutindo e por volta das 16h30 a mulher teria efetuado ao menos dois disparos contra o marido. Com a chegada da PM, Itamara teria se trancado na residência e se negado a entregar a arma, mas confessou o crime.

Itamara afirmou a Justiça que foi vítima de violência doméstica, que já ocorria há tempos, e desta vez, agredida com socos e tapas, teria sido ameaçada de morte pelo marido e agiu em legítima defesa.

Segundo o defensor, as discussões seguidas de agressões teriam se intensificado nos últimos meses e, no dia do crime, o motivo da desavença entre o casal seria uma viagem que eles fariam na madruga de quarta-feira (13) para o Nordeste.

Mas, de acordo com o irmão da vítima, Valdeci Alves Nogueira, 49, por ser profissional da área de segurança, Itamara conhecia a arma e a munição que utilizou para matar Valdeni. “Ela sabia que não precisava de muitos tiros e que com um tiro naquela região do corpo ele iria morrer”, acredita.

Além disso, conforme Valdeci, pela aparência do corpo do major, não há indícios de que ele tenha brigado e dado socos na tenente coronel, como afirma a defesa.

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