Procon multa 5 agências bancárias por mau atendimento na Capital
Agências do Banco do Brasil, Bradesco e Santander foram autuadas pelas equipes de fiscalização
Cinco agências bancárias foram autuadas pelo MPE (Ministério Público Estadual) e Procon (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor) por mau atendimento, infringindo uma série de normas do Código de Defesa do Consumidor, em Campo Grande.
A fiscalização aconteceu por conta de diversas denúncias feitas por clientes. Alguns dos estabelecimentos tinham até "reincidência" nas infrações detectadas. Foram autuadas agências do Bradesco nas avenidas Afonso Pena e Bandeirantes, do Banco do Brasil na Avenida Afonso Pena e na Rua Macaraju e do Banco Santander na Rua Barão do Rio Branco.
Em todos os lugares foram encontrados irregularidades como excesso de espera, de até duas horas de demora para retirada de senhas, mau atendimento por funcionários mesmo com idosos ou pessoas com crianças de colo.
Conforme o órgão, houve casos de negativa de prestação de serviço a pessoas com idade superior a 90 anos, por exemplo, ou a não disponibilização de assentos a pessoa com deficiência.
Nas agências visitadas não havia placas informativas que são obrigatórias, conforme Código de Defesa do Consumidor, indicando atendimento prioritário, tempo máximo de espera em fila, horários de funcionamento, entre outras informações.
Contrariando resolução do Bacen (Banco Central do Brasil), de que esses estabelecimentos têm de estar abertos para atendimento presencial por cinco horas ininterruptas, alguns dos locais não chegavam a atingir três horas de trabalho.
Nos sites oficiais dos bancos em questão encontram-se informações errôneas acerca do horário de funcionamento das agências, caracterizando, conforme a fiscalização, "má prestação de serviço público de caráter essencial".
Também não havia triagem de atendimento prioritário, mesmo com grande presença de pessoas nos locais, gerando aglomerações e filas com mais de três horas de duração, mesmo que certos locais do interior das agências estivessem vazios.
Na agência do Banco do Brasil, em frente a Praça Ary Coelho, constatou-se que havia funcionárias sentadas no exterior, observando as filas, aoebas para vender produtos oferecidos pelo banco, tais quais seguros e empréstimos consignados, e não para auxiliar os que precisassem de orientação.
Por fim, foi verificado que comprovantes eram impressos em papel termossensível, de forma irregular à legislação estadual. Grande parte das agências também sequer indicava horário de chegada nas senhas fornecidas, impedindo clientes de comprovar o tempo que permaneceram em fila.
Via e-mail, o Campo Grande News questionou a assessoria de imprensa dos três bancos citados nesta manhã, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para eventuais explicações.