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Capital

Professores aprovam contraproposta do piso do magistério parcelado

Prefeitura alegou dificuldade para cumprir Lei 11.738/2008 e parcela mais uma vez o reajuste da categoria

Gabriela Couto | 17/06/2023 08:57
Professores se reúnem em assembleia para tratar de reajuste do Piso do Magistério para 20h desde abril deste ano. (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)
Professores se reúnem em assembleia para tratar de reajuste do Piso do Magistério para 20h desde abril deste ano. (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)

Por maioria, os professores da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) aprovaram, na noite desta sexta-feira (16), a proposta da Prefeitura de pagamento escalonado do reajuste do magistério.

Os 8 mil servidores da educação acataram mais uma vez o parcelamento do aumento salarial estipulado pela Lei 11.738/2008, conhecida como Lei do Piso 20 horas, em Campo Grande.

Desta forma, os 14,95% de 2023 serão pagos até maio do próximo ano. Os primeiros 5% começam a valer em outubro 2023, já o restante será dividido no próximo ano, sendo 5% em janeiro de 2024 e 4,95% em maio de 2024.

“O sentimento que fica, que já vem se arrastando, é de desconfiança, aflição e muita gente descontente. O que estamos pactuando daqui para frente já tínhamos que ter recebido e isso não acontece com as contas que estamos pagando”, lamentou o presidente da ACP, Gilvano Bronzoni.

Os professores prometem continuar lutando contra o que eles chamam de desvalorização do magistério na Capital. “Queremos o cumprimento exatamente como foi acordado na lei, para ter um horizonte. Vamos continuar pedindo o cumprimento do plano de carreira, a eleição nas escolas e a realização do concurso público, entre outros pontos. Apesar da prefeita Adriane Lopes (PP) sempre nos receber, nossas reivindicações não avançam na velocidade que queremos”, pontuou.

A contraproposta do município foi apresentada no dia 6 de junho, após a reunião, realizada no plenarinho da prefeitura, com o Secretário de Governo, professor João Rocha, a Comissão da ACP e a Comissão de Educação da Câmara de Vereadores.

Na ocasião, ele argumentou sobres dificuldades em atender ao pedido da categoria e apresentou o escalonamento aprovado ontem. Vale lembrar que o calendário de 2025 a 2028 permanece igual ao feito na primeira proposta.

Outro escalonamento - O escalonamento que a prefeitura promete irá se juntar a outro feito no ano passado, também com o intuito de adequar os salários ao piso nacional.

Em março de 2022, o ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD) se comprometeu a reajustar as remunerações em 62,4% para cumprir a Lei 11.738/2008, também com parcelamentos. Ficou definido que o escalonamento ocorrerá até 2024, sendo assim, ainda há parcelas do acordo a serem pagas aos profissionais.

Além disso, o acordo mais antigo não está sendo cumprido como previsto e segue em negociação. Conforme falou o vereador Professor Juari, as pendências relacionadas a ele são outra questão a ser debatida com a prefeitura, ainda neste mês de maio.

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