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Capital

Professores da rede particular reclamam que trabalho aumentou e salário caiu

Proposta da entidade patronal, até o momento, é de reajuste zero para 2021

Lucia Morel | 05/04/2021 19:09
Profissional recebe aluna em escola privada de Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

Com salários menores, professores e profissionais administrativos de escolas e universidades privadas em Campo Grande negam reajuste zero para 2021. A categoria está em negociação salarial com o sindicato patronal, mas ainda não há definição de índice.

Segundo o Sintrae-MS (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Privado do Mato Grosso do Sul), 85 professores e administrativos em 26 escolas e faculdades particulares da Capital responderam a questionário sobre salário e jornada de trabalho, o que confirmou a redução salarial em tempo de pandemia.

Do total de profissionais, “88,6%, confirmaram que os salários diminuíram no período da pandemia. Ao mesmo tempo 77,4% responderam que o trabalho dobrou ou triplicou, sendo que 88,9% dos professores afirmaram que não receberam computadores ou estrutura adequada para preparar suas aulas online”, ressaltou Eduardo Botelho, presidente da entidade.

Segundo ele, os trabalhadores têm se empenhado ao extremo. “Colocam suas vidas em risco e agora, que é hora de valorizar estes trabalhadores, nos deparamos com instituições que não querem abrir mão do lucro e propõe vergonhosamente reajuste zero aos salários”.

A próxima rodada de negociação será na quarta-feira, 07 de abril, e os trabalhadores já negaram a proposta patronal de 0% de reajuste. As negociações têm sido feitas através das plataformas digitais.

Sem segurança – Botelho disse ainda que recebe muitas denúncias de trabalhadores quanto ao descumprimento do plano de biossegurança. “Somente nesta enquete, foram 17 denuncias referente a 7 instituições”, disse.

Ele lembrou, que nesses casos, é feito contato com os responsáveis pelas escolas para que executem o plano de biossegurança. Alerta-se ainda, possível denúncia às autoridades sanitárias. O sindicato vai aguardar para que as instituições tomem as providências devidas antes de denunciá-las.

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