Projeto da Casa do Artesão fica pronto em julho e Fundação descarta parceria
Ainda não há previsão de início da obra, nem quando estará pronta para população
Ao custo de R$ 600 mil, a reforma da Casa do Artesão, um dos principais cartões postais e local de arte e cultura de Campo Grande, começará em breve. É que o projeto arquitetônico, fase que antecede à obra, será concluído em julho, conforme previsão da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul).
Local de comércio e divulgação do artesanato regional, o prédio, construído em 1923 para ser residência e comércio, está localizado nas avenidas Afonso Pena e Calógeras.
A restauração incluirá prioritariamente o telhado, vigas e a facada. A fundação, paredes e piso estão em bom estado, ainda segundo o Governo de MS, por isso não passará por obras, a princípio.
Não há prazo para início da reforma, nem conclusão. A Fundação de Cultura explicou que, como se trata de um bem tombado como patrimônio histórico, o projeto executivo tem suas particularidades, como foco na questão arquitetônica.
Antes prevista pelo Executivo Estadual, a possibilidade de repassar a gestão da Casa do Artesão para iniciativa privada, tal qual acontece na Morada dos Baís, foi descartada. O governo continuará administrando e mantendo as exposições dos artesões que já ocorrem no local.
Inclusive, a ideia, após o restauro, é utilizar datas especiais no calendário da cidade para promover eventos diferenciados. O projeto sobre o assunto ainda não está pronto e a Fundação não repassou detalhes de como será feito.
Cultura - Entre peças de cerâmica, argila, rendas e bordados, cds e livros, a Casa do Artesão, na região central de Campo Grande, oferece 4 mil peças de artesanato que representam a cultura sul-mato-grossense.
O local tem como objetivo valorizar a cultura do Estado, mas sofre com uma série de problemas em sua estrutura, segurança e acessibilidade.
A última reforma no prédio, construído entre 1918 a 1923, foi realizada em 2002. Desde então o patrimônio histórico de Mato Grosso do Sul apresenta infiltrações e danos em sua estrutura, além de problemas de segurança e falta de acessibilidade.
Recursos – A verba de R$ 600 mil é uma estimativa e é fruto do governo de MS, mas a administração estadual não descarta a busca de ajuda com a União, caso seja necessária. Em 2016, havia um plano de investimentos via governo federal, mas em razão da crise econômica, foi cancelado, conforme a Fundação de Cultura.