Projeto oferece apoio para pessoas com deficiência que perderam a família
Abrigo irá atender até nove meninas e mulheres com deficiências em tempo integral

Uma casa para acolher meninas e mulheres com deficiência que foram tiradas da família - por terem sido vítimas de abusos sexuais, por exemplo - começará a ser construída nesta sexta-feira (30). A obra será lançada às 14h, no loteamento Praia da Urca. No terreno doado pela Prefeitura será levantada a Casa de Helena, da Associação Pestalozzi de Campo Grande.
O espaço irá garantir apoio integral para vítimas com este perfil. Segundo o Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), sete mulheres deficientes sofrem abusos diariamente no país.
A destituição do poder familiar pode ocorrer em decorrência de óbito dos responsáveis, violência, abusos sexuais, entre outras questões. Quando a família perde a guarda, elas são enviadas a abrigos comuns, que não foram preparados para receber pessoas com deficiência, o que gera ainda mais traumas às vítimas.
As residências inclusivas caracterizam-se por oferecer cuidados especializados 24h por dia. O local terá capacidade para atender nove vítimas. Além da moradia com tudo incluso, também serão garantidos oficina para as atividades do projeto Moinho de Papel Artesanal, pomar e horta.

“Todo o projeto arquitetônico e de funcionamento foi estruturado para que as usuárias sintam-se em casa. Este será o lar delas, por tanto, tudo está sendo pensado para que as futuras moradoras sejam acolhidas com muito carinho e sintam-se amadas todos os dias”, explica a presidente da Pestalozzi de Campo Grande, Gyselle Tanous.
Helena Antipoff - O nome da “Casa de Helena” é uma homenagem à Helena Antipoff, psicóloga russa que em 1929 mudou-se ao Brasil a convite do governador de Minas Gerais, e lá implantou a Fazenda do Rosário, utilizando-se da filosofia de Johann Heinrich Pestalozzi, patrono da entidade que presta trabalho com crianças ditas excepcionais.
(*) Matéria alterada às 17h01 para correção de informação.