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Capital

Proposta reduz plantões de médicos e incorpora 50% dos 'penduricalhos'

Nyelder Rodrigues e Lucas Junot | 03/07/2017 19:53
Reunião aconteceu na sede da prefeitura nesta noite de segunda-feira, sendo a nova proposta apresentada (Foto: Lucas Junot)
Reunião aconteceu na sede da prefeitura nesta noite de segunda-feira, sendo a nova proposta apresentada (Foto: Lucas Junot)

Redução de "plantões desnecessários" e incorporação ao salário-base de 50% dos adicionais por responsabilidade técnica e desempenho médico. Essa foi a nova proposta salarial feita pela prefeitura de Campo Grande ao médicos da rede municipal de saúde, na tarde desta segunda-feira (3).

O encontrou contou com a presença dos representantes sindicais e do prefeito Marquinhos Trad (PSD), mas quem anunciou e explicou toda a proposta, que ainda passará pelo crivo dos trabalhadores em assembleias de cada categoria, foi o chefe da Sefin (Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento), Pedro Pedrossian Neto.

"Estamos muito próximos de um desfecho", comenta o secretário de Finanças ao falar sobre as negociações salariais com a categoria, que se arrastam há meses. "As propostas partem do pressuposto do impacto zero na folha, mas proporcionando um maior conforme e segurança para esses trabalhadores", completa.

Além de médicos, profissionais de enfermagem e odontologistas da prefeitura também estão incluídos na proposta. Porém, a resposta mais esperada é a dos médicos, que ao contrários das outras, entraram em greve contra as propostas anteriores.

Os índices apresentados pela prefeitura representam um reajuste de 15% aos salários-base das três categorias, segundo o secretário Pedrossian Neto. Porém, na remuneração total, o "ganho real" foi zero, já que houve apenas incorporações.

No caso da enfermagem, o adicional com 50% incorporado ao salário-base é o conhecido como abono da referência 14, enquanto que para os odontologistas, foi incorporado nesta proposta metade do recebido como desempenho odontológico.

Pedrossian Neto ainda frisa que a grande saída para essas questões salariais na prefeitura é que seja elaborado um plano de cargos e salários. "Assim, é possível corrigir toda e qualquer distorção", afirma em entrevista.

Com outro compromisso marcado nesta noite, o prefeito Marquinhos Trad foi embora do agenda sem conversar com a imprensa, mas deixou Neto para fazer as explicações. Flávio Freitas Barbosa, presidente do Sinmed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), entidade que puxou a greve na semana passada, também saiu do evento sem conceder entrevistas.

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