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Capital

Proprietário de sítio pode ser responsabilizado por morte de rapaz afogado

Luana Rodrigues | 01/07/2015 11:39
Sítio onde jovem morreu estava interditado desde outubro de 2013 (Foto: Marcos Ermínio)
Sítio onde jovem morreu estava interditado desde outubro de 2013 (Foto: Marcos Ermínio)

A família de Tarcísio Augusto dos Santos, 27 anos não se conforma com a falta de explicações sobre a morte do rapaz, que foi encontrado afogado na piscina do sítio Colina, em Campo Grande. O jovem participava de uma festa particular e morreu após pular na piscina, segundo testemunhas.

"O que eu e minha mãe queremos são explicações, não estamos acusando ninguém, só queremos saber o que realmente aconteceu lá, porque cada um conta uma versão diferente", disse a irmã de Tarcísio, Aline dos Santos da Cunha. Ela conta que o irmão era brincalhão, portanto pode realmente ter pulado na piscina por várias vezes, como contaram as testemunhas, "mas ele tinha receio de entrar em água, porque não sabia nadar", explicou.

Uma adolescente de 17 anos, que participava da festa, disse que não viu o momento em que Tarcísio morreu, porque não estava na piscina, mas afirma que não houve nenhum barulho ou perdido de socorro por parte dele. "Eu não sei o que houve, não vi nada, mas desconfiamos que ele tenha desmaiado antes de se afogar, porque não ouvimos nenhum barulho dele se debatendo e estávamos próximos, só vimos quando ele já estava no fundo e corremos pra socorrer", contou.

O delegado titular da 2ª Delegacia de Polícia Civil, Alexandre Amaral Evangelista, afirma que depende dos laudos periciais para saber a causa da morte de Tarcísio. "Já intimamos todas as testemunhas e também familiares da vítima, mas os laudos vão apontar as reais circunstâncias em que ele morreu", disse.

Evangelista disse que também vai apurar se o sítio realmente estava interditado, pois o proprietário do local pode ser autuado por homicídio culposo. "Se o clube realmente estava interditada desde ano passado e o proprietário ainda é o mesmo, ele pode sim ser responsabilizado", explicou.

Conforme a assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros, o local estava interditado desde 2013, quando morte semelhante a de Tarcísio fez com que os bombeiros interditassem o local por falhas no projeto de segurança. Os donos não encaminharam os documentos necessários para a reabertura e estavam impedidos de locar o espaço.

Na época, também foi aplicada multa de 90 Uferms. Detalhes sobre os pontos que motivaram a interdição não foram divulgados.

Suspeitas - De acordo com a perícia, a piscina tem 2 metros de profundidade e ele pode ter tido hipoglicemia, que é quando há alteração da quantidade de açúcar no sangue e a pessoa perde a capacidade motora.

Essa pode ser uma explicação para a morte, já que a piscina não era tão funda e a vítima entrou e saiu da água várias vezes até ficar inconsciente.

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