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Capital

"Quem quer morar aqui?": dona de casa sofre com rua sem asfalto e cheia de lama

No Parque do Lageado, em dia de chuva, água passa por rua sem asfalto e invade casas

Silvia Frias e Izabela Cavalcanti | 18/10/2022 11:21
Cascalhamento da rua já amenizaria situação, diz Lucila. (Foto: Izabela Cavalcanti)
Cascalhamento da rua já amenizaria situação, diz Lucila. (Foto: Izabela Cavalcanti)

“Quem quer morar aqui?”, questiona a pensionista Lucila da Silva, 65 anos. Com um gesto, mostra à reportagem a rua João Selingardi, no Bairro Parque do Lageado, sem asfalto e enlameada, depois da chuva. O problema é sempre o mesmo em dias como hoje: lama na rua, sujeira nos pés e dentro de casa.

Lucila diz que se pelo menos a rua recebe cascalhamento já amenizaria a situação. “Aqui é muito difícil, entra água em casa, é um problema”, disse. Ela diz que a água desce as outras ruas e para dentro dos imóveis. Em outras ocasiões, já perdeu móveis.

Rua João Selingari, no Parque do Lageado. (Foto: Izabela Cavalcanti)
Rua João Selingari, no Parque do Lageado. (Foto: Izabela Cavalcanti)

O vizinho, Carlos Romero, 53 anos, dono de oficina mecânica, aumentou a calçada para tentar barrar a invasão de água. “É um sofrimento, muita sujeira, deixa barro em frente de casa”.

Na semana passada, Romero gravou vídeo mostrando a rua alagada. De ontem para hoje, o cenário não mudou muito e o resultado e a lama e a dificuldade de se transitar na via.

Em rua próxima, a Venício Gandolfi, a reportagem encontrou dois vizinhos que conversavam em frente de casa.

“É muito ruim isso aqui, a água vem descendo, forma uma enxurrada, alaga tudo”, disse o fotógrafo José Alves, 52 anos. A vizinha, Sandra Kélis da Silva, 60 anos, trabalha como catadora de material reciclável e teve que sair cedo para recolher material. “Fui na chuva mesmo, coloquei meu tênis, casaco, meu boné e fui”. Em casa, também recorreu ao aumento da calçada para evitar levar a sujeira para dentro.

Sandra teve que sair para trabalhar: "coloquei meu boné e fui". (Foto: Izabela Cavalcanti)
Sandra teve que sair para trabalhar: "coloquei meu boné e fui". (Foto: Izabela Cavalcanti)

No entorno, como na Rua Arthur Pereira, o cenário era o mesmo: sem asfalto, muita água e lama.

A assessoria da prefeitura informou que não há recursos alocados para o asfaltamento das ruas citadas na reportagem.


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