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Capital

"Queria ter um lugar para dormir", diz moradora após desocupação no Lagoa Park

Famílias que estavam em área invadida na Rua Lagoa Santa foram retiradas por guardas municipais

Mylena Fraiha e Gustavo Bonotto | 02/08/2023 19:42
Com presença da GCM, moradores saem de área ocupada irregularmente no Lagoa Park (Foto: Direto das Ruas)
Com presença da GCM, moradores saem de área ocupada irregularmente no Lagoa Park (Foto: Direto das Ruas)

Na tarde desta quarta-feira (2), cerca de 40 pessoas que ocupavam irregularmente um terreno na Rua Lagoa Santa, Bairro Lagoa Park, foram retiradas pela GCM (Guarda Civil Metropolitana). A ação causou indignação entre os moradores da região.

A informação repassada no local é de que o terreno pertence à Prefeitura de Campo Grande. Vinha sendo ocupado por famílias, que haviam construído barracos de madeira e outros materiais adquiridos em ferro-velho. As moradias improvisadas não tinham eletricidade.

Os moradores dividiram o terreno em quadras e estavam planejando separar por ruas quando foram surpreendidos pela chegada dos guardas. As autoridades solicitaram que todos deixassem o local em apenas 10 minutos, segundo relatado à reportagem.

Local após desocupação das famílias (Foto: Gustavo Bonotto)
Local após desocupação das famílias (Foto: Gustavo Bonotto)

A vendedora Deuseli Souza de Oliveira mora na região há mais de 15 anos e se solidarizou com a situação. Inclusive, cedeu o quintal de casa para que as famílias retiradas da área invadida pudessem guardar os pertences.

"Todos eles têm cadastros sociais e estão apenas em busca de um local para viver. Cadê o suporte da Prefeitura? Cadê a Emha para ajudar essas pessoas?", questionou.

A motoentregadora Leila Pantaleão Silva, que vivia no terreno ocupado, relatou as condições precárias da área e questionou a maneira como a desocupação foi feita: "Eu só queria ter um lugar para dormir. Não me importo de pagar um aluguel. Eles chegaram com brutalidade, destruindo tudo, enquanto as crianças choravam. Deram-nos apenas 10 minutos para sair ou ameaçaram destruir nossos pertences".

A reportagem tentou entrar em contato com a gestão municipal e foi informada pela assessoria de imprensa de que a GCM irá se pronunciar na manhã de quinta-feira (3). O espaço segue aberto.

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