Rapaz ganha EcoSport de presente por "arrastar" carros ao Paraguai
Depois de levar dezenas de carros roubados para o Paraguai, um jovem de 18 anos foi presenteado pela quadrilha com um veículo Ecosport, roubado em Mato Grosso.
Gabriel Rodrigo Nunes da Silva confessou à polícia que o presente foi fruto do seu “bom desempenho” em “arrastar” carros furtados para o país vizinho.
Gabriel foi preso na tarde de quarta-feira (27) em uma casa no bairro Jardim Anache. Junto com ele estavam Marcio de Oliveira Carvalho, 18 anos, e Fernando Portilho Britez, 22 anos. Os três foram encaminhados para DERF (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos).
De acordo com o delegado Fabiano Nakata, os jovens foram detidos durante a operação PC 27 deflagrada na quarta-feira (27), em todo país.
“Nós suspeitamos do carro estacionado na residência, checamos a placa e descobrimos que era a placa de uma caminhonete S-10, roubada no dia 17 de março, no bairro Coophavila”.
Gabriel disse à polícia que a intenção era vender a caminhonete também na fronteira.
Na casa de Gabriel foram encontrados 13 quilos de maconha, que segundo os jovens, “sobrou” de um transporte de 500 quilos de droga feito recentemente com a Ecosport. Parte do entorpecente foi entregue aos traficantes e o restante, 13 quilos, ficou na casa de Gabriel.
Ainda na quarta-feira, a polícia continuou as diligências e mais dois rapazes foram presos, sendo um deles adolescente. Jeferson Luciano dos Santos, 18 anos estava em um veículo Fox furtado. Já o adolescente de 17 anos estava em uma motocicleta que havia sido roubada na tarde do mesmo dia, na Vila Progresso.
A motocicleta já estava prometida para receptadores no Paraguai. Ele trocaria o veículo por droga.
Todos os jovens presos têm passagem pela polícia, entre elas receptação, tráfico de drogas, roubo, porte ilegal de arma e furto.
Segundo Nakata, Gabriel, que comandava os adolescentes, era quem mantinha contato com os criminosos, traficantes, e receptadores na fronteira. Ele ainda informou apelidos de envolvidos nas quadrilhas, conforme Nakata.
Os jovens vão responder por formação de quadrilha, receptação, tráfico de drogas e adulteração de final identificador de veículo. O adolescente foi liberado.
A pena varia de cinco a 15 anos para tráfico de drogas, de três a seis anos para o crime de adulteração, de um a quatro anos para o crime de receptação e de um a três anos de detenção para formação de quadrilha.
Ao todo, 10 policiais da Derf participaram da operação PC 27.