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Capital

Rapaz se apresenta como advogado na delegacia e acusa policial de tortura

Rapaz estava de bermuda e chinelo e disse que estava lá para "resgatar cliente"; ele foi preso por desacato

Ana Paula Chuva | 11/12/2022 08:01
Fachada da Depac Cepol onde caso foi registrado. (Foto: Marcos Maluf | Arquivo)
Fachada da Depac Cepol onde caso foi registrado. (Foto: Marcos Maluf | Arquivo)

Rapaz de 27 anos, que não teve o nome divulgado, foi preso na madrugada deste domingo (11), por desacato, dirigir bêbado e por exercício ilegal de profissão após ir até a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol, no Bairro Tiradentes, em Campo Grande, e se apresentar como advogado dizendo que iria “resgatar” um cliente que estava sendo torturado.

Conforme o registro policial, o rapaz chegou na delegacia já alterado, por volta das 2h30, dizendo para o investigador “Você está de brincadeira comigo, você está torturando e batendo no meu cliente. Eu vim resgatá-lo. Você é apenas um investigador, eu sou advogado”. O policial registrava outro boletim de ocorrência no momento.

O investigador então perguntou se o rapaz seria advogado, ele respondeu que sim e novamente alegou que seu cliente estava sendo torturado e que ele estava ali para resgatá-lo, pois ele estaria sendo agredido.

Quando questionado sobre a carteira da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), o rapaz afirmou não estar com ela no momento. Além disso, ele estava de bermuda, chinelo e camiseta. Foi dada ordem de prisão por desacato ao suposto advogado e ele ficou novamente alterado dizendo “me prende então se você for machão”, alegando que trabalhava no Ministério Público.

O rapaz chegou na delegacia conduzindo um veículo Celta e o estacionou na vaga destinada às pessoas com deficiência, deixou diversos faróis ligados e ao ser questionado se tinha ingerido bebidas alcoólicas disse que sim, mas se recusou a fazer o teste do bafômetro. Depois ele ainda afirmou que passou no concurso da ordem dos advogados, porém, não exerce a profissão.

O caso acabou sendo registrado como desacato, dirigir bêbado e por exercício ilegal de profissão. O veículo foi levado para o pátio do Detran (Departamento Estadual de Trânsito).

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