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Capital

Refugiado recebe acolhida por amigos brasileiros

Professor não aceita considerar-se uma vítima e se revela uma pessoa de fé e otimismo

Maristela Brunetto | 12/02/2023 10:54
Refugiado recebe acolhida por amigos brasileiros
Professor e tradutor contou com os amigos, essenciais para os tempos difíceis.

As imagens de uma guerra que já chega a um ano, o abandono do lar e da família, não faltam motivos para abater o ânimo, mas Oleg Kukhtinov, de 32 anos, não aceita considerar-se uma vítima. Ao contrário, ele se revela uma pessoa com muita fé e otimismo.

Oleg é professor e intérprete, falando vários idiomas e quando a guerra na Ucrânia começou, ele tinha uma rotina agitada de trabalho. Dava aulas on line a brasileiros, por vezes recebia e acompanhava os amigos que foram fazer turismo e ainda atuava como intérprete. Ele uniu duas paixões: o futebol e línguas e acabou conhecendo nomes ilustres do futebol do Brasil.  Com a guerra, ele não conseguiu mais trabalhar. Primeiro se protegeu com a família em um bunker em sua cidade e depois precisaram se mudar para longe dos conflitos. Os amigos que fez ao longo dos anos foram essenciais para os tempos difíceis, que ainda não ficaram para trás. Ele recebeu ajuda para viver enquanto permaneceu em seu país. Quando decidiu deixá-lo, os amigos enviaram a passagem. No Brasil,  passou a ser acolhido em diferentes cidades.

Ele recebeu visto humanitário, a solidariedade só se renova. Os alunos e conhecidos passaram a recebê-lo. Como saiu apenas com uma mala pequena e uma mochila com documentos, Oleg conta que amigos deram a ele um notebook, o que permitiu retomar as aulas e traduções.

Diante de tanto cinza e incerteza, Oleg tirou muitas lições. Quando falamos sobre relatar sua história, ele logo disse que precisava dizer muitas coisas. Oleg teve um aprendizado forçado e quis passar isso adiante.

“Quero que as pessoas entendam que não se deve valorizar as coisas, mas a amizade, a família. São tesouro que não se compra”, expõe. “Dinheiro se torna papel, é preciso valorizar a paz."

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