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Capital

Remédios básicos são repostos, mas 29 ainda faltam no SUS em Campo Grande

Entre os motivos está o reajuste dos valores dos medicamentos no mercado

Cassia Modena | 12/07/2023 09:36
Medicamentos que faltam estão em processo de compra para abastecer unidades (Foto: Arquvio/Henrique Kawaminami)
Medicamentos que faltam estão em processo de compra para abastecer unidades (Foto: Arquvio/Henrique Kawaminami)

Ir à farmácia de uma unidade de saúde de Campo Grande para retirar medicamentos e não encontrá-los não é incomum. Ao menos, a situação está melhor do que esteve há seis meses.

Dados repassados pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) indicam que a maioria dos fármacos básicos, os quais são de sua responsabilidade comprar e distribuir, podem ser acessados pelos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) da Capital. Até a última sexta-feira (7), eram 29 os que faltavam.

Os faltantes fazem parte de uma lista de 257 remédios, no total, que toda unidade da rede básica de saúde precisa receber da Sesau. A essa lista se somam outros 65 abastecidos pelo governo estadual e 26 enviados pelo Ministério da Saúde, que não entram no mesmo rol do município por serem indicados para quadros de média e alta complexidade.

Em dezembro do ano passado, à época em que assumiu o cargo de secretária-adjunta da Sesau, Rosana Leite, afirma ter apurado que 180 medicamentos estavam com estoque crítico ou zerado na rede municipal. "Faltavam alguns muito básicos, mas tivemos uma evolução considerável fazendo um esforço colaborativo com a Secretaria de Compras", relata.

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O cenário ainda não é o ideal, já que o melhor é não faltar. A Sesau precisa repor os 29 medicamentos sem estoque para disponibilizá-los aos pacientes do SUS. Entre eles está, por exemplo, o Carvedilol, indicado para tratar hipertensão.

Há licitações em andamento para compra e entregas próximas de ser realizadas, segundo a secretaria, para que o estoque seja normalizado.

Motivos - A secretária adjunta explica que reajuste nos valores dos medicamentos no mercado e entraves no processo de aquisição relacionados a isso são os principais motivos para fármacos não estarem disponíveis.

"Houve um reajuste de preços sentido em todo o Brasil. Todos os medicamentos subiram e um dos empecilhos que encontramos foi que os fornecedores não queriam concorrer enquanto não houvesse reajuste dos preços na nossa tabela", justifica Rosana.

Entre os problemas de ordem burocrática, a secretária cita que foi necessário adotar como estratégia lançar licitações para a compra individualizada de medicamentos, já que as dedicadas à aquisição de vários eram trabalho perdido quando um deles não registrava fornecedores interessados. "Para a administração pública, isso não é tão bom, é mais rápido considerar um grupo de medicamentos. Mas precisamos fazer essa reestruturação para que a compra não atrasasse", afirma.

Doações - Alternativa para repor o que falta é aceitar doações de outros municípios ou de instituições como o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul.

Isso tem ajudado com o estoque de medicamentos psiquiátricos da Sesau, disse ainda a adjunta. Um fatores pontuais que levaram à falta dessa classe de fármacos foi o aumento da demanda por eles, percebida em todo o país.

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