Rolezinho contra a Dengue encontra focos em marquise e fundos de lojas
Motivado pelos focos do mosquito Aedes Aegypti presentes na área central da Capital, o Rolezinho contra a Dengue reuniu 600 agentes na manhã deste sábado (22). Um levantamento recente da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) apontou que 13% do focos da Capital estão nas lojas do Centro.
O mutirão para conscientizar lojistas e funcionários começou às 7 horas e além dos agentes comunitários, de saúde pública e endemia, representantes dos Conselhos de Segurança e Comércio do Centro, da Sesau, Associação Comercial e do Rotary Clube participaram da ação.
Material informativo, borrifação contra o mosquito e busca de focos da doença foram as principais ações do grupo. Os locais onde mais foram encontrados os focos do mosquito são as marquises e os fundos das lojas.
Segundo o secretário de Saúde, Ivandro Corrêa Fonseca, todo o trabalho tem o objetivo de conscientizar os lojistas. “Nós encontramos alguns pontos e fizemos coletas, é muito importante porque 13% dos focos da cidade estão aqui”, explica.
Para o presidente da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), Omar Aukar, uma alternativa será estudada para que a limpeza das marquises e dos fundos ociosos das lojas seja facilitada. “Vamos encontrar uma solução par isso porque são locais que acumulam muito água, mas são de difícil acesso”.
O comerciante de uma loja de roupas situada na Rua 14 de Julho, que preferiu não se identificar, afirma que não existe programação para a limpeza das marquises. “É realmente difícil o acesso porque precisamos ir pelo forro e tirar as telhas, só subimos lá quando precisamos fazer manutenção no ar condicionado”, completa.
O trabalho terminou às 10 horas e o encerramento ocorreu na Rua Barão do Rio Branco entre a 14 de Julho e 13 de Maio. O trânsito chegou a ser interditado durante alguns minutos.
Números – Segundo o secretário de Saúde, a grande epidemia da dengue que atingiu Campo Grande em janeiro do ano passado afetou 24 mil pessoas na Capital, oito delas morreram em decorrência de complicações da doença.
Este ano, no entanto, a situação é bem mais tranquila e no mês de janeiro foram registrados 600 casos da doença e nenhuma pessoa morreu.