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Capital

Santa Casa quer ocupar Hospital do Trauma até dezembro

Cerca de 48 pacientes já foram transferidos para a nova unidade. Contratualização para custeio ainda não foi assinada

Izabela Sanchez | 11/09/2018 11:26
Da esquerda para a direita: secretária adjunta de saúde de Campo Grande,  Gysélle Saddi Tannou; secretário municipal de saúde, Marcelo Vilela; prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad; presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento; secretário estadual de saúde, Carlos Coimbra e a promotora de saúde pública, Filomena Aparecida Depolito Fluminhan (Izabela Sanchez)
Da esquerda para a direita: secretária adjunta de saúde de Campo Grande, Gysélle Saddi Tannou; secretário municipal de saúde, Marcelo Vilela; prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad; presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento; secretário estadual de saúde, Carlos Coimbra e a promotora de saúde pública, Filomena Aparecida Depolito Fluminhan (Izabela Sanchez)

Com a contratualização para custeio ainda em espera, a Santa Casa quer ocupar a totalidade do Hospital do Trauma até dezembro. No momento, o hospital realizou a transferência de cerca de 48 pacientes para as enfermarias da unidade, que começou na manhã de segunda-feira (10). A Unidade do Trauma tem 100 leitos, mas, por enquanto, só ofereceu 51.

Nesta terça-feira (11) estiveram reunidos no Hospital o presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento, a titular da 32ª Promotoria de Justiça da Saúde Pública, promotora Filomena Aparecida Depolito Fluminhan, o secretário municipal de saúde, Marcelo Vilela, o secretário estadual de saúde Carlos Coimbra, o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD) e a secretária adjunta de saúde, Gysélle Saddi Tannou.

O aditivo do contrato com o hospital, sob responsabilidade da Prefeitura, ainda não foi assinado. Diversas reuniões foram realizadas junto ao MPF-MS (Ministério Público Federal) e MPMS (Ministério Público Estadual), que determinaram a transferência dos pacientes. O custeio, entre governo federal e estadual, deve ser de R$ 7 milhões repassados mensalmente.

As despesas ainda não foram formalizadas e serão gradativas. O governo federal deverá repassar R$ 6 milhões em setembro, R$ 2 milhões em outubro, R$ 4 milhões em novembro e R$ 6 milhões à partir de dezembro. Já o governo do Estado deverá repassar, mensalmente, à partir de outubro, R$ 2 milhões. Hoje, a Prefeitura envia R$ 4,470 milhões e o governo do Estado R$ 2,50 milhões.

“Estamos cumprindo cronograma estabelecido em parceria com os entes. Desde ontem estamos acolhendo pacientes da traumatologia”, comentou o presidente da Santa Casa.

Primeira paciente a ser internada no hospital do trauma (Henrique Kawaminami)
Primeira paciente a ser internada no hospital do trauma (Henrique Kawaminami)

O secretário estadual de saúde declarou que já enviou ofício à Prefeitura, gestora do contrato, para a formalização do aditivo do repasse estadual. Coimbra também declarou que viaja à Brasília na quarta-feira (11) para reivindicar os repasses. “A gente tem lutado em Brasília para conseguir. É uma vitória, um hospital dessa importância que ficou 20 anos em construção”, declarou.

“Estamos felizes como gestores para melhorar a assistência, especialmente pelo número de acidentes de trânsito”, pontou o secretário municipal de saúde, Marcelo Vilela. A Prefeitura não irá aumentar o repasse para a Santa Casa. O secretário afirmou que haverá “equilíbrio entre o governo e a Santa Casa”.

A promotora de saúde destacou a atuação do MPF-MS na investigação de superfaturamento das obras, o que motivou a suspensão do contrato com a empresa que construía a unidade. “Agora é o momento de correr atrás do custeio”, comentou.

“Nada é fácil nessa formalidade burocrática desse país. Foi com esforço concentrado que estamos entregando a unidade funcionando”, declarou o prefeito.

Hospital -Anexo à Santa Casa, o Hospital do Trauma teve obras retomadas em junho de 2016. Foram quase 20 anos até que sua estrutura fosse concluída para oferta de 100 leitos de internação, 10 UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), cinco salas cirúrgicas, duas para pequenos procedimentos, três para observação com 15 leitos, além de outras dedicadas a odontologia, radiologia, fisioterapia, reabilitação e consultórios. Existe ainda uma área para recebimento de ambulâncias e estacionamento.

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