Santa Casa suspende cirurgias eletivas por falta de material
Santa Casa manifestou que enfrenta uma crise financeira devido à falta de atenção do poder municipal
Em um momento de "crise grave financeira”, a Santa Casa de Campo Grande suspendeu as cirurgias eletivas. Em nota enviada para a reportagem nesta segunda-feira (17), a instituição cita a dificuldade de manter o abastecimento e também a falta de atenção do poder público municipal.
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Em meio a uma grave crise financeira, a Santa Casa de Campo Grande suspendeu as cirurgias eletivas devido à dificuldade de abastecimento e falta de apoio do poder público municipal. A instituição alega que a inflação de materiais médicos e a retirada de um repasse mensal de R$ 1 milhão pela Prefeitura agravam a situação. A suspensão afeta a disponibilidade de insumos e medicamentos, mas a estimativa de pacientes impactados não foi divulgada. A Prefeitura não se manifestou sobre a suspensão do repasse até o momento.
“A Santa Casa de Campo Grande enfrenta uma crise grave financeira provocada, principalmente, pela falta de atenção do poder público municipal com um contrato que é reiteradamente deficitário com a instituição”, diz trecho da nota assinada pelo Diretor Técnico da Santa Casa de Campo Grande, William Lemos.
O documento enviado à reportagem menciona que a inflação de materiais médicos, o valor da força médica e de categorias, como enfermagem e fisioterapia também impactaram no deficit atual. Para completar, conforme a Santa Casa, foi retirado pela Prefeitura de Campo Grande o repasse de R$ 1 milhão por mês.
“No início da administração da atual prefeita, ainda no mandato anterior, R$ 1 milhão por mês, que havia sido repassado para a instituição, foi retirado, mesmo a Santa Casa mostrando a necessidade do hospital e os custos hospitalares. Até a data de hoje não foi retornado esse valor, que faz falta e já responde por um montante de cerca de R$ 24 milhões que não foram repassados à instituição desde a suspensão”.
Além da suspensão de cirurgias menos emergenciais, a Santa Casa manifestou que enfrenta problemas com a disponibilização de insumos, equipamentos, materiais e medicamentos no hospital.
A reportagem questionou, via assessoria da instituição, a estimativa de pacientes afetados pela suspensão das cirurgias eletivas, mas não obteve reposta até o fechamento da matéria.
Procurada sobre as alegações que mencionam a suspensão da verba mensal de R$ 1 milhão, a Prefeitura de Campo Grande não se manifestou até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto.
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