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Capital

Saúde apura outras 3 mortes por gripe e situação assusta moradores

Aliny Mary Dias | 11/07/2014 11:50
Na UPA do Coronel Antonino moradores procuram atendimento (Foto: Marcos Ermínio)
Na UPA do Coronel Antonino moradores procuram atendimento (Foto: Marcos Ermínio)

Com cinco mortes confirmadas e outras três sob investigação em Campo Grande, a cidade pode não viver epidemia em razão da gripe causada pelo vírus influenza, mas entre os moradores a sensação é que a situação tem ficado mais grave a cada dia. Do início do ano até agora, 13 pessoas morreram em Mato Grosso do Sul vítimas da gripe, mas o número pode chegar a 16 se os casos da Capital forem confirmados.

Segundo levantamento do boletim epidemiológico divulgado essa semana pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), das 13 pessoas que morreram vítimas da gripe este ano, cinco delas são moradoras da Capital. O 14º caso divulgado pela secretaria é de uma grávida também moradora de Campo Grande, mas ainda está sob investigação.

Apesar dos números de mortes terem praticamente triplicado em 7 dias na Capital, os dados oficiais que serão divulgados na próxima semana podem trazer novos casos de vítimas que morreram em razão da gripe.

Um deles é um homem de 57 anos que estava internado no Hospital do Pênfigo e o outro é um homem de 44 anos que ficou durante horas no posto de saúde do bairro Tiradentes. Os dois morreram esta semana e a suspeita é que eles tenha sido infectados pelo vírus influenza.

Longe dos números, mas preocupados com os casos que não param de aumentar na cidade estão os moradores que passaram a procurar as unidades de saúde da Capital a cada sintoma de gripe e até resfriado.

Pedreiro João está com sintomas da gripe e procurou atendimento médico (Foto: Marcos Ermínio)
Pedreiro João está com sintomas da gripe e procurou atendimento médico (Foto: Marcos Ermínio)
Larissa também sente sintomas e foi medicada no posto do bairro Nova Bahia (Foto: Marcos Ermínio)
Larissa também sente sintomas e foi medicada no posto do bairro Nova Bahia (Foto: Marcos Ermínio)

Um deles é o pedreiro João Lopes, 58 anos, que apesar de sempre ter sintomas de gripe, principalmente no inverno, resolveu procurar o médico assustado com os casos de influenza. “A gente ficou sabendo que um vizinho nosso morreu por causa de gripe e quando os sintomas começaram eu vim logo no posto”, conta João que foi atendido no CRS (Centro Regional de Saúde) do bairro Nova Bahia e foi diagnosticado com princípio de pneumonia.

Aos 18 anos, a estudante Larissa Gimenez também procurou atendimento médico hoje depois que os sintomas da gripe começaram. Mesmo acreditar ter um simples resfriado, ela não perdeu tempo e foi ao posto.

“Dói a cabeça, a gente fica tossindo e com coriza. O médico me passou remédio e eu espero que não seja nada grave porque essas mortes aumentando preocupam a gente”, diz.

Até o vigilante Robson Ramalho, 39 anos, que não sente nenhum sintoma da doença está preocupado com o aumento dos casos. “Todo mundo fica preocupado, eu evito ter muito contato com as pessoas, mas é uma situação bem complicada”, diz.

Mortes - Com 13 mortes confirmadas, o número de óbitos por gripe em Mato Grosso do Sul já é o maior em cinco anos. A quantidade só é inferior a 2009, ano quando a doença “explodiu” e pegou especialistas de surpresa no combate e diagnóstico do vírus.

No ano “boom”, foram 27 mortes contra oito, em 2010. No ano seguinte, nenhum óbito foi registrado no Estado, mas, em 2012, 12 mortes foram confirmadas. No ano passado, boletim da SES (Secretaria de Estado de Saúde) noticiou 11 óbitos, 27,2% a menos que os 14 casos verificados do início de 2014 até o dia 9 desde mês.

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