Saúde e PF vão compartilhar dados para descobrir origem de remédios falsos
Medicamentos fitoterápicos e sachês de nicotina estavam sendo enviados pelos Correios
Após as apreensões de centenas de embalagens e cápsulas prontas de medicamentos não autorizados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e de 2.260 sachês de Snus, saquinho de tabaco em pó ou nicotina, a Vigilância Sanitária Estadual e a Polícia Federal vão compartilhar informações para investigar e descobrir quem é o remetente dos produtos que não têm autorização para serem comercializados no Brasil.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
A Vigilância Sanitária Estadual e a Polícia Federal estão colaborando em uma investigação após a apreensão de medicamentos não autorizados e sachês de Snus, um produto de tabaco, em Campo Grande e Santos. Os produtos, que apresentavam riscos à saúde devido a composições perigosas, estavam sendo enviados para várias localidades, incluindo a Bahia e o Espírito Santo. As autoridades alertam sobre os perigos da compra de medicamentos pela internet, recomendando que sejam adquiridos apenas em lojas físicas com licença sanitária para garantir a segurança dos consumidores.
De acordo com o gerente de Apoio aos Municípios da SES (Secretaria Estadual de Saúde), Matheus Moreira Pirolo, acredita-se que a origem dos medicamentos e dos sachês de nicotina seja a mesma, por isso, as duas instituições farão o compartilhamento de informações para colaborar na investigação.
“A gente está em conversação com a PF, pode ser que sejam os mesmos remetentes”, relatou Pirolo. Segundo o servidor, os medicamentos apreendidos em Campo Grande tinham como destino a Bahia, Espírito Santo e Goiânia. Todos saíam da Capital sul-mato-grossense.
Já os apreendidos pela PF em Santos, durante a operação deflagrada nesta quinta-feira (9), tinham como destino Campo Grande, onde foi cumprido um mandado de busca e apreensão no Bairro Jardim São Conrado. Foram encontrados, ao todo, cerca de 200 frascos de comprimidos de produtos, supostamente com propriedades medicinais.
O representante da SES explica ainda que há um grande risco na compra desse tipo de produto pela internet. “Eles são vendidos como naturais, mas têm na composição analgésicos e anti-inflamatórios de mais alta potência e que só poderiam ser ministrados com acompanhamento médico. Esse tipo de composição pode levar à cirrose, paralisia renal e úlcera estomacal”, pontuou Pirolo.
A recomendação é para que os medicamentos sejam adquiridos em lojas físicas com licença sanitária visível para não haver riscos para a saúde e que sigam orientações médicas para o uso de qualquer tipo de remédio.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.