“Se passarem o asfalto já está bom”, diz moradora sobre financiamento da União
Os recursos são destinados por meio da Caixa Econômica Federal para o programa Periferia Viva
Os moradores aguardam ansiosos pela chegada do asfalto na área onde vivem 463 famílias, no antigo Clube Samambaia, região do Bairro Centro Oeste na saída para São Paulo, em Campo Grande. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, autorizou a concessão de garantia da União para o financiamento de R$ 30,525 milhões.
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Os moradores de uma comunidade em Campo Grande, onde vivem 463 famílias, aguardam ansiosamente a chegada do asfalto, após a autorização do ministro da Fazenda para um financiamento de R$ 30,525 milhões destinado a melhorias na infraestrutura. A Agehab identificou benfeitorias necessárias nas residências, mas os moradores expressam preocupações sobre a execução das reformas, que dependem da pavimentação das ruas. O líder comunitário destacou que, embora os recursos possam beneficiar todos, as prioridades estabelecidas podem deixar alguns de fora, e a situação atual das ruas dificulta o tráfego e a qualidade de vida na área. O projeto é parte do programa Periferia Viva, que visa a urbanização de favelas com recursos do FGTS.
Os recursos serão usados para melhorias na infraestrutura, como pavimentação. Nas moradias, a Agehab (Agência Popular de Habitação de MS) fez visitas e identificou benfeitorias necessárias em cada residência, como reforma do banheiro e área comum.
A autônoma Maria Gimenez, de 38 anos, foi procurada pela equipe do governo federal para medição da casa. Ela foi informada pelo grupo de que os trabalhos só vão poder começar após as ruas serem asfaltadas, porque caso a obra cause algum problema nas residências, como, por exemplo, rachadura, o reparo será feito por meio do programa.
Quanto à reforma nos imóveis, Maria afirma que participou de reunião com os moradores há cerca de 1 mês, mas não há definição sobre as obras. “Se colocarem asfalto já está bom”, destacou. Ela mora na comunidade desde a criação, em 2016, e pontua que se o programa for bem executado, vai ajudar bastante. As ruas da comunidade, algumas delas difíceis de trafegar, não são pavimentadas. As casas são simples e de tijolos aparentes.
Segundo Jaderson Jesus de Souza, líder da comunidade, os imóveis foram regularizados no ano passado. O dinheiro previsto no projeto daria para reformar ou ampliar todas as residências, porém o metro quadrado que estão pedindo [orçamento do governo] está caro.
“Eles falaram que vão dar prioridade para os banheiros, como hidráulica e azulejo, ou seja, se o morador já tiver feito a reforma, não vai ser beneficiado. Eles querem só maquiar as residências. Nem todos serão beneficiados”. Cerca de duas mil pessoas vivem na comunidade.
Os recursos são destinados por meio da Caixa Econômica Federal para o programa Periferia Viva – Urbanização de Favelas (Eixo Cidades Sustentáveis e Resilientes – Novo PAC), com dinheiro do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
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