Segunda dose da Coronavac será retomada sexta-feira em Campo Grande
Com segunda dose em atraso, prefeitura estuda mudar calendário para reorganizar e melhor adequar aplicações
A chegada de um novo lote de vacinas contra a covid-19 em Mato Grosso do Sul na noite de quinta-feira (13) vai permitir que a prefeitura de Campo Grande reabra na sexta-feira (14) a vacinação das pessoas que ainda precisam tomar a segunda dose da Coronavac - várias delas estão em atraso por falta de fornecimento.
Fabricado pelo instituto paulista Butantan, a vacina depende de itens chineses para ser fabricada. Contudo, divergências do Governo Federal com o governo chinês atrapalharam a distribuição de tais insumos para o Brasil.
Nesta noite, está previsto a chegada de 26,4 mil doses da Coronovac, 600 a menos do que o anunciado ontem pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), para distribuir a todo Mato Grosso do Sul - além disso, também devem chegar 24,5 mil da Astrazeneca. A distribuição aos estados é feita pelo Ministério da Saúde.
O número oficial de doses a serem destinadas à Capital só será divulgado amanhã (13) em Diário Oficial, mas existe a estimativa de que sejam repassadas 7,9 mil doses para uso na cidade, o que corresponde a proporção de 30%, número de praxe na distribuição dos imunizantes contra a covid-19 para Campo Grande.
Esse é o 21º lote recebido pelo Estado, com previsão de chegar no Aeroporto Internacional de Campo Grande por volta das 18h30. As unidades de Coronavac vão atender apenas aplicações de segunda dose (a chamada D2).
Mudança no calendário - Além da retomada da aplicação da segunda dose da Coronavac, a prefeitura estuda um novo calendário de vacinação, que já deve ser utilizado a partir desta sexta-feira. O objetivo é trazer mais organização ao serviço, explica a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública).
A segunda dose da Coronavac enfrenta atraso na aplicação por falta de doses, distribuídas pelo Ministério da Saúde - que anteriormente tinha garantido o repasse de tais doses e recomendou que não houvesse estoque das mesmas para a D2.
A reorganização mudaria o critério do calendário, que hoje é a data de agendamento de cada paciente para tomar a segunda dose. Como o prazo da primeira dose para o agendamento da segunda varia entre 14 e 28 dias, a situação acaba gerando discrepâncias de tempo entre os pacientes escolhidos para tomar a vacina.
O provável critério a ser adotado agora é a data em que tomou a primeira dose - assim, a ordem dos que teriam o benefício de tomar a segunda dose seria obedecida conforme a maior necessidade, devido ao tempo em que o paciente está na espera.
Contudo, ainda é necessário oficializar o total de vacinas a serem recebidas para que haja a reorganização, além de feito um estudo e reanálises do número de pessoas que ainda precisam da segunda dose. Até momento, apenas os nascidos entre janeiro e maio e com agendamento até 21 de abril é conseguiram a imunização completa.