Segurança corta celular de presos, mas secretário diz que ainda é teste
O sábado é de celular mudo no Complexo Penal de Campo Grande, localizado no Jardim Noroeste. O bloqueio do sinal da telefonia móvel deixa em silêncio os aparelhos, provocando descontentamento entre os presos, que usam, de dentro da cela, o celular como arma para encomendar crimes extramuros. No entanto, ainda não há data para que o bloqueio passe a funcionar de forma definitiva.
“É mais um teste, que serão cada vez mais prolongados”, afirma o titular da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), Wantuir Jacini. Segundo ele, não há prazo determinado porque depende da tecnologia. O desafio é calar os presos sem afetar os vizinhos. No passado, as tentativas se mostraram frustradas.
No mês passado, internos de diversas unidades prisionais do Estado fizeram um “movimento grevista” que pedia melhores condições dentro dos presídios. Segundo os presos, o movimento era motivado por conquista de “direitos humanos”. Para as autoridades, o protesto era por causa dos testes para a instalação dos bloqueadores de celulares.
No Instituto Penal, no dia 2 de março, um interno foi flagrado ao cortar um dos fios dos bloqueadores. O complexo é formado pelo Centro de Triagem; presídio Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima; Instituto Penal e Presídio de Trânsito.