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Capital

Sem crianças na espera, Prefeitura inaugura Pronto Atendimento Infantil

Unidade revitalizada no Bairro Tiradentes passou a ofertar atendimento pediátrico 24h

Por Gustavo Bonotto e Kamila Alcântara | 02/07/2024 19:28
Leito infantil foi equipado para manter atendimentos de emergência e urgência na unidade. (Foto: Juliano Almeida)
Leito infantil foi equipado para manter atendimentos de emergência e urgência na unidade. (Foto: Juliano Almeida)

A Prefeitura de Campo Grande, por meio da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), inaugurou as obras de revitalização do Pronto de Atendimento Infantil instalado no Bairro Tiradentes, durante o fim da tarde desta terça-feira (2).

No entanto, uma única criança estava na unidade hospitalar para atendimento. A enfermeira gerente da unidade, Katila Melo, ressaltou que houve uma diminuição nos casos respiratórios em Campo Grande, mas que o espaço soma mais de 3 mil atendimentos desde o início da fase de testes, com 14 técnicos de enfermagem e 13 pediatras.

Em junho, a revitalização do Centro Regional de Saúde Dr. Antônio Pereira gerou polêmica e medo nos moradores devido a hipótese de que o local seria reformado para atender exclusivamente crianças, e que haveria redução do horário de funcionamento. Apesar das novas placas, que indicam que há atendimento pediátrico, o local seguirá recebendo adultos normalmente, assegurou Katila.

"A saúde da família não perdeu a sua característica de atendimento da família, de trazer a equipe da família para um atendimento como um todo. Então a gente continua tendo os ambulatoriais, as consultas de demanda, demanda espontânea, demanda agendada, e o perfil do pronto atendimento infantil é um atendimento de urgência e emergência".

Fachada do Pronto Atendimento Infantil, instalado na Av. José Nogueira Viêira, 253. (Foto: Juliano Almeida)
Fachada do Pronto Atendimento Infantil, instalado na Av. José Nogueira Viêira, 253. (Foto: Juliano Almeida)

No discurso que abriu a solenidade, a prefeita Adriane Lopes (PP) citou as inverdades que circularam em grupos de mensagem sobre o destino do Centro Regional.

"Houve muita desinformação, até fake news, dizendo que não daria certo e que essa ampliação era o fechamento. Mas foi o contrário. De todas as unidades 24 horas, esse é um dos maiores prédios. Podendo se tornar o complexo para diversos atendimentos".

A secretária municipal de saúde, Rosana Leite, também pontuou que não houve mudança no horário e que a ala infantil busca melhorar o serviço à população, ou seja, que o Centro continuará aberto 24h. Antes o atendimento infantil funcionava por meio de escala médica, apenas no horário noturno, os famosos plantões. Agora as crianças passam a ter assistência em todos os períodos, assim como os adultos.

A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), ao lado da secretária municipal de Saúde, Rosana Leite. (Foto: Juliano Almeida)
A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), ao lado da secretária municipal de Saúde, Rosana Leite. (Foto: Juliano Almeida)

"Nós também estamos programando intercomunicação entre as unidades de saúde, tipo a tele atendimento. Como aqui tem um quantitativo maior de pediatras, nós separamos uma sala do atendimento virtual para ele dar apoio aos profissionais de saúde das outras unidades de saúde de urgência e emergência".

Levantamento feito pela reportagem em junho mostrou que apenas as UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) dos bairros Universitário e Coronel Antonino dispunham dos profissionais 24h na área pediátrica.

"Olha, a gente precisava há muito tempo de um lugar qualificado, que tivesse condições de atender a população da melhor maneira possível", caracterizou o médico pediatra Marcus Vinicius da Cruz.

Para a reportagem, o profissional afirmou que o atendimento centralizado na unidade infantil busca frear a sobrecarga dos hospitais de Campo Grande. "A ideia do projeto é justamente pra gente ter condições de atender essas crianças até que elas cheguem num setor terciário ou receber alta direto daqui".

A única mãe presente no evento, Nayara Vicente, 31 anos, discorreu que já buscou atendimento durante o período de testes. "Desde que mudaram para cá, venho. Moro no Jardim Antártica, é um pouco longe, mas compensa pois a consulta é bem rápida. Na outra vez que precisei, foi tudo resolvido em menos de uma hora".

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