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Capital

Há um ano sem raio-x, pacientes do Tiradentes precisam recorrer a outros postos

De acordo com a Sesau, os equipamentos de raio-x e eletrocardiograma estão em manutenção

Por Mylena Fraiha e Alison Silva | 27/10/2023 10:39
Fachada do CRS Tiradentes, localizado na Avenida José Nogueira Viêira (Foto: Marcos Maluf)
Fachada do CRS Tiradentes, localizado na Avenida José Nogueira Viêira (Foto: Marcos Maluf)

Há um ano, o CRS (Centro Regional de Saúde) do bairro Tiradentes segue sem equipamentos para realizar exames de raio-x e eletrocardiograma. Com essa situação, pacientes têm sido encaminhados para outras unidades de saúde da Capital. Além deste posto, a unidade no Bairro Coronel Antonino também está sem o equipamento de eletro.

Os exames podem agilizar encaminhamentos para hospitais ou até ajudar a otimizar a alta de pacientes, sem que seja necessária a transferência. Conforme informado pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a ausência de exames tem ocorrido devido a problemas técnicos identificados nos equipamentos e que estes estão atualmente em manutenção. Atualmente, a Capital tem seis UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e quatro CRSs, que oferecem o exame de raio-x.

“Cabe esclarecer que, em caso de necessidade, os pacientes estão sendo direcionados para outras unidades de referência que dispõem do serviço, assegurando assim a integralidade da assistência”, afirma em nota.

Sem equipamento para exame, Eliete afirma ter sido transferida para outra unidade de saúde (Foto: Marcos Maluf)
Sem equipamento para exame, Eliete afirma ter sido transferida para outra unidade de saúde (Foto: Marcos Maluf)

Eliete Silvia Oliveira, de 50 anos, foi uma das pessoas que precisou ser encaminhada para outra unidade. Há um mês, sofreu uma fratura na mão. Ela explica que foi necessário encaminhá-la para realizar o exame de raio-x em outra unidade de saúde, situada a uma distância de 7,4 km do bairro Tiradentes. "Eu vim e pedi um raio-x, mas me encaminharam para o Universitário, porque a máquina estava quebrada", explica.

A dona de casa Guiomar Barbosa, de 50 anos, também foi uma das pacientes que se deparou com a falta de equipamento. Ela relata que foi transferida para outra unidade de saúde, mas não soube informar qual. “Triturei o dedo cozinhando, fiz oito pontos e por isso consegui atendimento. Sempre vinha aqui fazer exame de raio-x e conseguia, mas agora está sem”, lamentou.

Guiomar também teve que procurar outra unidade em busca do exame de raio-x (Foto: Alex Machado)
Guiomar também teve que procurar outra unidade em busca do exame de raio-x (Foto: Alex Machado)

Outros pacientes afirmaram que não sabiam que o exame estava em falta no CRS Tiradentes, como é o caso da dona de casa Vera Lúcia Francisca dos Anjos Motta, de 62 anos. "Há muito tempo atrás eu fiz um raio-x aqui. O ecocardiograma eu já sabia que não tinha. Mas o raio-x fiquei sabendo agora que não tem mais".

Apesar da falta de equipamento, Vera Lúcia elogia o trabalho da equipe médica do CRS Tiradentes. "Sempre venho aqui. Sou hipertensa, então tenho faço o meu tratamento de hipertensão e depressão. Eles têm cuidado muito de mim, sempre me acompanham".

A reportagem indagou a Sesau sobre o prazo para a retomada dos exames no CRS Tiradentes. A secretaria respondeu que estão aguardando a resposta da empresa encarregada da manutenção e não pôde fornecer uma data precisa, mas assegurou que isso ocorrerá "o mais breve  possível".

Encaminhamentos - A Sesau informa que diversos outros estabelecimentos de saúde contam com equipamentos de raio-x, tais como as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) Leblon, Universitário, Coronel Antonino e Moreninha, além da UERD (Unidade de Emergência Regional de Doenças Respiratórias) e do Cadim (Centro de Apoio Diagnóstico Municipal).

No que diz respeito ao exame de eletrocardiograma, a Sesau esclarece que esse procedimento não faz parte da lista de equipamentos essenciais, ou seja, não é de caráter obrigatório. Entretanto, anteriormente, esses exames eram oferecidos nas unidades de atendimento de emergência, como as UPAs.

A assessoria da Sesau explica que, atualmente, somente as unidades do Tiradentes e do Coronel Antonino estão temporariamente sem o equipamento de eletrocardiograma devido a questões de manutenção.

A secretaria também aponta que todas as Unidades de Pronto Atendimento de Campo Grande recentemente passaram por um processo de qualificação pelo Ministério da Saúde, atendendo a todos os critérios estabelecidos pelo órgão.

“Recentemente, todas as Unidades de Pronto Atendimento de Campo Grande passaram por um processo de qualificação pelo Ministério da Saúde, atendendo todos os critérios do órgão, podendo ocorrer situações pontuais de indisponibilidade de equipamentos e materiais, que devem ser prontamente solucionadas, observando a execução dos devidos prazos e trâmites necessários”, explica a secretaria em nota.

Auxílio - Desde 2020, a Sesau mantém uma parceria com o HCor (Hospital do Coração) de São Paulo para oferecer diagnósticos eficazes e rápidos a pacientes que chegam às unidades de urgência do município com suspeita de ataque cardíaco.

De acordo com a Sesau, o projeto do HCor está presente em cinco das seis unidades de pronto atendimento da Capital e tem auxiliado as equipes de saúde na emissão de laudos de exames e no apoio aos médicos plantonistas.

“Os resultados dos eletrocardiogramas são entregues em até dez minutos, e os médicos têm o suporte de especialistas do hospital para tomar decisões sobre o tratamento”, explica a secretaria.

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