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Capital

Sem reajuste há 3 anos, médicos da Santa Casa ameaçam greve

Lidiane Kober | 09/10/2014 17:50

Sem aumento salarial há 3 anos, médicos lotados na Santa Casa ameaçam greve se a categoria patronal não abrir diálogo e apresentar proposta de reajuste. A situação pode se agravar ainda mais diante da crise financeira pela qual o hospital passa, com déficit mensal de mais de R$ 4 milhões. A falta de recursos, inclusive, obrigou a instituição a pagar apenas 70% do salário dos médicos neste mês de outubro.

"Se o Sindhesul (Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde) persistir em ignorar as reivindicações dos médicos, paralisaremos os atendimentos. Já esperamos mais do que o suficiente e notamos grande falta de interesse em achar uma solução para este problema", disse o diretor do Sinmed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), João Batista.

Com a presença em massa de médicos lotados na Santa Casa, dia 23 de setembro, a categoria votou, em assembleia, a pauta de reivindicações para o período 2014/2015, encaminhada no dia seguinte ao Sindhesul por ofício. Até agora, porém, os profissionais não receberam resposta. Neste sentido, o sindicato encaminhou ofício para o Ministério Público do Trabalho, Conselho Regional de Medicina e outros órgãos competentes denunciando o descaso do sindicato patronal.

"Nós já tentamos negociar de todas as formas, mas nem por telefone eles atendem mais, o que deixa a situação cada vez mais insustentável", frisou João Batista. Só na Santa Casa, o salário dos 3,1 mil funcionários representa 65% da despesa mensal de R$ 20,7 milhões. Sem dinheiro para bancar os custos, o hospital quer transferir o pronto socorro à Prefeitura de Campo Grande.

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