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Capital

Sem regra clara, teste rápido para vírus começa a ser oferecido em farmácias

Conselho Regional de Farmácia admite que ainda não existe regulamentação; alerta é para os falsos negativos

Anahi Zurutuza, Marta Ferreira, Lucas Mamédio e Clayton Neves | 01/04/2020 14:37
Farmácia de manipulação oferece teste rápido a R$ 130 e recebe pelo menos 50 ligações de interessados por dia (Foto: Paulo Francis)
Farmácia de manipulação oferece teste rápido a R$ 130 e recebe pelo menos 50 ligações de interessados por dia (Foto: Paulo Francis)

Pelo menos duas farmácias de Campo Grande pretendem oferecer teste rápido para identificar se a pessoa tem ou não o novo coronavírus. A análise é feita em gotas de sangue, extraídas como num teste para medir a glicemia.

O problema é que diante da pandemia, vários tipos de exames rápidos surgiram e não há regras claras ainda para a execução dos mesmos. O próprio Conselho Regional de Farmácia admite que ainda não existe regulamentação para testagens feitas nos estabelecimentos fiscalizados pelo órgão.

Outro alerta é para a grande probabilidade dos chamados falsos negativos. O teste rápido detecta a presença de anticorpos no sangue do doente. Isto é, se o organismo da pessoa está produzindo antígenos, significa que possivelmente ela tem o vírus. Mas, pode ser que o paciente esteja com a Covid-19 e o corpo ainda não esteja dando a resposta imunológica natural contra a doença. Nesses casos, o resultado será negativo.

Flávia França, dona da farmácia de manipulação São Bento, explica que o empresa fez parceria com laboratório e até o fim desta semana, começa a oferecer o teste. O exame custará R$ 200 e o resultado fica pronto em até 15 minutos. A empresária não deu números, mas adiantou que grande quantidade de kits para a análises sorológicas foram comprados.

O dono de outra farmácia de manipulação da Capital, a Naturalle, localizada na Rua José Antônio, diz que está recebendo cerca de 50 ligações por dia de pessoas interessadas no teste. Ele não quis dizer o nome, mas adiantou que encomendou 1,8 mil tetes rápidos e cobrará R$ 130 pelo exame.

Conselho – Presidente do CRF-MS, Flávio Shinzato, explica que são necessários cuidados. A recomendação da entidade é fazer esse tipo de teste em ambiente propício, que garanta a manipulação correta das amostras, por exemplo. Ele afirma que, porém, o Conselho Federal de Farmácia deve em breve divulgar nota técnica sobre o assunto. Veja o que ele diz:


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