Sem revitalização, antiga rodoviária atrai mais usuários de drogas
Marcada por consumo de drogas e prostituição, rodoviária antiga ainda não foi revitalizada e comerciantes se preocupam com a violência no local. Eles contaram que o número de usuários de droga aumentou na rodoviária, enquanto a clientela caiu cerca de 80%.
Desativada desde janeiro de 2010, o Terminal Rodoviário Heitor Eduardo Laburu ainda espera pela revitalização. Os comerciantes e moradores do Bairro Amambaí não sabem quando o projeto será colocado em prática, mas tem esperança. “Será que eu acredito nisso? Acho que já virou fofoca, mas se acontecer, nos ajudaria muito”, comentou a costureira Rosalina Biasin Capellari, 64 anos.
Para os comerciantes, a desativação da rodoviária fez com que eles perdessem boa parte da clientela. “Eu acho que eles têm que fazer alguma coisa com isso, pois iria melhorar muito para o comércio. Isso ta parado, não gira nada aqui”, relatou a costureira.
Para as primas Renata Vera, 33, e Márcia Vera, 48, que têm um comércio de roupas usadas na região, a violência no local espanta os clientes. “No final da tarde de sábado e no domingo de manhã, aqui fica insuportável, cheio de usuários de drogas. Tem facada, tiro, briga, tudo”, relatou Márcia.
“Eu acho ótimo que façam a revitalização aqui, pois muitos clientes têm medo dos usuários de droga”, contou Renata. Elas comentam que por conta do fim da rodoviária, elas perderam 80% dos clientes e estão no local por “teimosia”.
Há muitos hotéis ao redor da rodoviária, mas os usuários de droga também espantam os clientes. “Caiu um pouco do movimento sim, eu acho que a revitalização poderá ajudar a aumentar o movimento”, relatou o dono do hotel Chaparro’s, Alexsandro Chaparro, 34.
A vendedora Maria Karolinni Gonçalves Brandão, 21, disse que o namorado mora no local e que a violência na região é muito grande. “É muito perigoso aqui. Esses dias deixamos o portão de frente aberto e um cara entrou em casa. Agora é sempre trancado”, comentou.
PM - O Campo Grande News entrou em contato com a assessoria de imprensa da prefeitura, mas eles não nos responderam até o fechamento desta matéria.
