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Capital

Sem tumulto pós-greve, INSS volta a receber trabalhadores para perícias

Servidores e peritos trabalhavam em escala reduzida a 30% do efetivo até sexta-feira

Anahi Zurutuza e Cleber Gellio | 23/05/2022 09:51
Em agênca do INSS da Capital, funcionário chama trabalhadores conforme horários agendados para os consultórios médicos. (Foto: Marcos Maluf)
Em agênca do INSS da Capital, funcionário chama trabalhadores conforme horários agendados para os consultórios médicos. (Foto: Marcos Maluf)

Sem tumulto, o INSS (Instituto Nacional de Previdência Social) de Campo Grande voltou a atender trabalhadores que necessitam passar por perícia médica em regime normal. É que do dia 30 de março até a sexta-feira passada, dia 20 de maio, os peritos faziam "operação tartaruga".

Os quase dois meses de trabalho em escala reduzida, obedecendo aos 30% do efetivo exigidos por lei, foram consequência da greve nacional da categoria. Para se ter uma ideia, conforme apurado pelo Campo Grande News, na sexta passada, dos oito peritos que atendem pela manhã, apenas um deles compareceu ao trabalho. Hoje, são 14 médicos fazendo os atendimentos na unidade da Rua Anhanduí, próximo ao Horto Florestal.

Nestes quase 60 dias, muitas das perícias foram remarcadas e de acordo com o informado à reportagem, os trabalhadores que tiveram os horários reagendados começarão a aparecer a partir da semana que vem. Hoje, quem estava no local receberia o primeiro atendimento.

Apesar do movimento intenso, não havia tumulto na agência destinadas às perícias médicas, uma vez que os trabalhadores são atendidos com horário agendado. Na porta da unidade, funcionário vai chamando de acordo com os horários e conforme os médicos vão liberando os pacientes dos consultórios.

O que mudou do fim de março para agora é que máscaras deixaram de ser obrigatórias para entrar no local.

A greve - Segundo a ANMP (Associação Nacional de Médicos Peritos), nos 52 dias de greve, cerca de 600 mil perícias médicas foram reagendadas em todo o Brasil. A assessoria de imprensa do INSS em Mato Grosso do Sul informou não tem os números locais.

Em greve, servidores e médicos peritos queriam a recomposição salarial de 19,9% para repor a inflação de 2019 a 2022, manutenção da jornada de trabalho em 30 horas semanais, valorização da carreira do Seguro Social, rediscussão de metas e mudança no modelo de gestão vigente no INSS.

Ainda conforme informado pela ANMP à imprensa nacional, na sexta-feira (20), acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência colocou fim à paralisação, porque alguns pleitos da categoria foram atendimentos e outros serão cumpridos nos próximos dias.

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