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Capital

Semad tem só 3 funcionários que ganham o piso dos professores, diz secretário

Antonio Marques | 09/06/2015 18:30
Professores realizam nova assembleia na tarde desta quarta-feira na expectativa de receber resposta da Prefeitura (Foto: Marcos Ermínio)
Professores realizam nova assembleia na tarde desta quarta-feira na expectativa de receber resposta da Prefeitura (Foto: Marcos Ermínio)

O secretário municipal de Administração Wilson do Prado, que também é secretário adjunto da Educação, diz que tem apenas três funcionários na Semad (Secretaria Municipal de Administração) que recebe salário acima de R$ 2.532,00 mensais, valor pago aos professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) por 20 horas semanais.

Para o secretário, os professores já recebem o valor acima do piso salarial do magistério, de R$ 1.917,78, por uma carga horária de, até, 40 horas semanais. Questionado sobre o fato de os professores estarem reivindicando o que está previsto na lei do piso, Wilson do Prado, disse que o aumento foi dado pelo governo federal, “mas a Prefeitura não tem condições financeiras de cumprir o índice”, declarou.

Mesmo assim, Wilson do Prado disse que estava fazendo estudo de impacto de receitas e despesas para responder a contraproposta dos professores, que foi apresentada na manhã de hoje, 9, durante a assembleia na ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública). A categoria sugere que os 13,01% sejam divididos em sete parcelas. Em junho e julho seria concedido 1%; em agosto, setembro, outubro e novembro, 2%; e em dezembro 3.01%. Dessa forma, o reajuste do piso salarial seria atendido.

Os professores rejeitaram os 8,5%, escalonada, sendo 0,5% em junho e 1,33%, de julho a dezembro de 2015, oferecidos pela Prefeitura na tarde de ontem, como adiantou a reportagem do Campo Grande News. Na assembleia ocorrida na tarde de hoje, eles esperavam uma resposta da Prefeitura, o que não aconteceu, e marcaram nova assembleia para a tarde desta quarta-feira. Se a resposta do Executivo for favorável, a greve chegará ao fim.

Porém, o secretária de Administração disse que não sabe se conseguirá concluir os estudos de impactos nas contas até o início da assembleia da ACP. “Nós entendemos que os professores devem ser valorizados e ganhar bem, mas nossa condição financeira não é favorável”, lembrou Wilson do Prado.

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