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Capital

Sindicato está aberto à negociação, mas greve na construção civil continua

Alan Diógenes | 23/04/2014 23:32

O presidente do Sinduscon/MS (Sindicato da Indústria da Construção de Mato Grosso do Sul) Amarildo Melo, se reuniu com representantes dos trabalhadores no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), na terça-feira (22), em Campo Grande, para debater os índices de reajustes dos funcionários da construção civil, que estão com as atividades paralisadas, e afirmou está aberto às negociações. O encontro foi intermediado pelo desembargador Nery Sá e Silva de Azambuja.

Os trabalhadores cobram um reajuste médio de 30%, chegando a 40% em algumas categorias, para equilibrar as perdas com inflação referente a fevereiro de 2013, em relação ao mesmo período deste ano. O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), índice que mede a inflação no Brasil, fechou o último ano com aumento de 5,39%.

De acordo com Amarildo, uma proposta de reajuste foi apresentada para os trabalhadores, mas eles recusaram. “Oferecemos o valor do reajuste no mesmo percentual do salário mínimo, mas os trabalhadores optaram pela greve”, destacou.

Para Amarildo, a greve e a solicitação por melhores salários são “diretos do trabalhador” e ele respeita tais manifestações. Conforme o levantamento feito pelo presidente, apenas dez obras estão parcialmente paradas e 1.062 trabalhadores entraram em greve. “É um número pequeno considerando um universo de 30 mil trabalhadores formais”, apontou.

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de MS chegou a entregar suas reivindicações, mas o Sinduscon/MS devolveu sua contraproposta salarial. Ainda não há previsão para o término do conflito.

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