Só 10% dos cães e 7% dos gatos da Capital foram vacinados contra raiva
Este ano, Sesau já registrou o vírus que transmite a doença em quatro morcegos capturados
A campanha do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), que imuniza cães e gatos contra a raiva, em Campo Grande, alcançou apenas 10% da meta de vacinação nos caninos e 7% nos felinos, até o fim de agosto. O mutirão segue até novembro deste ano.
Enquanto coordena a vacinação na Capital, o Centro de Zoonoses também registrou o vírus da doença em quatro morcegos encontrados na região Central, na Vila Alba, no Bairro Taveirópolis e no Jardim Veraneio, este ano.
Ao tentarem atacar ou brincar com os morcegos, cães e gatos podem ser contaminados com o vírus através da mordida dos animais voadores. Por sua vez, os pets podem transmiti-lo ao ser humano e provocar uma doença que, no caso da pessoa infectada, é fatal em quase 100% dos casos.
"O monitoramento de morcegos em Campo Grande é contínuo, uma vez que já foram detectados animais que tiveram resultados positivos para raiva em todas as regiões do município", destaca a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).
A pasta frisa que o convívio com morcegos é comum nos centros urbanos e que eles não oferecem riscos, a não ser que sejam observados comportamentos estranhos.
"Se perceber algum morcego com comportamento atípico, como estar fora das copas de árvores, dentro das residências durante o dia, ou caídos no chão, devem entrar em contato para que o centro faça o recolhimento do animal para verificar a possibilidade da presença do vírus da raiva. É importante salientar também que, se o munícipe encontrou o morcego no chão e seu pet teve algum contato com ele, é necessário informar também e, assim, no ato do recolhimento já será feita a vacinação dos animais", explica a Sesau.
Os telefones para ligar no CCZ são (67) 3314-5000 e (67) 3314-5001.
Caso o morcego recolhido apresente o vírus, todos os animais domésticos da região recebem reforço na imunização e são feitas orientações à população.
Vacina - O número de cachorros imunizados até o mês passado foi de 18.617, e o de felinos, de 6.517. A meta deste ano é vacinar 179.620 cães e 89.810 gatos nos quatro meses de campanha, entre agosto e novembro, informou ainda a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).
O cálculo da meta é feito estimando a população de pets que a Capital tem. Essa estimativa considera que existe um cão para cada quatro habitantes e um gato para cada oito habitantes, de acordo com a contagem do último Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O último registro da infecção em uma pessoa, em Campo Grande, ocorreu em 1968.
Em casa, pontos fixos e itinerantes - A vacina antirrábica, como é chamada a dose anual de proteção contra a raiva, é obrigatória em cães e gatos.
Ela pode ser aplicada por agentes do CCZ em visitas às casas. O próprio tutor também pode levar o animal até o prédio do centro de zoonoses, que fica na Avenida Filinto Muller, 1.601, na Vila Ipiranga. O local funciona aos sábados, domingos e feriados, das 7h às 21h (segunda a sexta-feira) e das 6h às 22h (sábados, domingos e feriados). A vacinação é gratuita.
Outro ponto fixo com vacina disponível e sem custos é a central da Subea (Subsecretaria de Bem-estar Animal), na Rua Rui Barbosa, 3538 - Vila Alta. O atendimento gratuito ocorre de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h e das 13h às 17h30.
Os programas Subea Itinerante e Consultório Móvel também disponibilizam a vacina para os animais domésticos em pontos rotativos. Veja aqui o cronograma para setembro.
Matéria atualizada após a publicação para corrigir informação sobre a mortalidade dos casos de raiva.
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