Veja como providenciar desinsetização grátis contra animais peçonhentos
A aplicação de veneno é gratuita desde que haja infestação no local
Altas temperaturas, muita chuva e espaços que podem ser usados como abrigo criam cenário ideal para o aparecimento de animais peçonhentos como o temido escorpião, além de aranhas e serpentes. Em Campo Grande, há dois serviços gratuitos que podem ajudar a combatê-los nas residências.
Um deles é a desinsetização, antes conhecida como dedetização. Ela é feita gratuitamente apenas em locais onde há infestação. Isso precisa ficar comprovado após visita de avaliação, explica a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).
Uma equipe do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) é encaminhada até a casa do morador para fazer a vistoria e dar orientações sobre barreiras físicas que previnem acidentes com esses animais. A desinsetização com aplicação de veneno é feita depois, quando necessário.
A visita para avaliação pode ser agendada entrando em contato com os números (67) 3313-5000, 2020-1802 e 2020-1796 (WhatsApp).
O órgão atua também na desinsetização de repartições públicas como escolas, por exemplo. Nesses lugares, o trabalho é realizado aos finais de semana ou em período fora do expediente.
O CCZ já recebeu 2.013 solicitações de desinsetização este ano. Dessas, 1.823 foram atendidas e 170 ainda aguardam atendimento, segundo a Sesau.
Orientações - A população também pode receber orientação sobre como se proteger de animais peçonhentos entrando em cuidado com o Ciatox (Centro Integrado de Vigilância Toxicológica). Além de prestar informações aos moradores, o órgão forma profissionais para atender casos de intoxicação pelo veneno dos animais peçonhentos e intoxicação por meio de medicamentos e produtos de limpeza, por exemplo.
O centro não faz visitas a locais e não atua diretamente na eliminação dos agentes tóxicos ou venenosos. O atendimento ao público geral e a profissionais para dar informações técnicas, orientações e fazer notificações pode ser solicitado por telefone, nos números 0800 722 6001 ou (67) 3386-8655.
Escorpiões - O coordenador estadual de vigilância ambiental e do Civitox, Karyston Adriel Machado, explica que as principais dúvidas respondidas à população tem sido sobre o nível de perigo que cada escorpião representa e o que pode ser feito para prevenir acidentes com eles.
"Sobre o risco de acidente grave com escorpião, a resposta é que todos possuem veneno capaz de causá-lo e todas as picadas podem evoluir para casos graves. No entanto, 99% resultam em casos leves", explica Karyston.
No caso de ser picado ou ter suspeita de ser picado por sentir dor moderada à forte em alguma parte do corpo, a recomendação que o Ciatox dá é procurar o mais rápido possível uma unidade de saúde próxima.
Quando o escorpião ou outro animal peçonhento ataca alguém e é visualizado, é importante relatar das características, especialmente a cor, mostrar uma foto ou o próprio animal à unidade de saúde, para que o tratamento mais adequado seja dado durante o atendimento.
Casos - Em todo Mato Grosso do Sul, a Secretaria Estadual de Saúde registrou 3.623 acidentes envolvendo escorpiões. Os dados são de janeiro a outubro deste ano.
Campo Grande lidera o ranking das cidades com mais notificações de acidentes. A região que mais registrou é a Anhanduizinho, a mais populosa da Capital. Ela é formada por 14 bairros: Aero Rancho, Parati, Pioneiros, Alves Pereira, Centenário, Lageado, Los Angeles, Centro-Oeste, Guanandi, Piratininga, Jacy, América, Jockey Club e Taquarussu.
Ainda segundo Karyson, a densidade demográfica, a vulnerabilidade social na região e a presença de rios estão entre as razões que justificam o alto número de registros.
Matéria editada às 16h para acréscimo de números para contato.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News.